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      "A fala de Zuckerberg é um ataque direto à soberania dos países", diz Renata Mielli

      Jornalista aponta os riscos da nova política da Meta para a regulação digital global e defende respostas firmes de governos democráticos

      (Foto: Brasil247 | Reuters )
      Dafne Ashton avatar
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      247 - Renata Mielli, integrante do Barão de Itararé e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, avaliou as recentes mudanças anunciadas pela Meta, controladora do Facebook e Instagram, durante entrevista ao programa Boa Noite 247. A jornalista analisou as implicações da decisão da empresa de abandonar parcerias com verificadores de fatos terceirizados e adotar um sistema de “notas da comunidade” para moderação de conteúdos.

      Para Mielli, a fala do CEO da Meta, Mark Zuckerberg, representa um realinhamento político com governos de extrema direita e um ataque às soberanias nacionais. “O vídeo de Zuckerberg é um ataque direto à soberania dos países que ousaram aprovar ou tentar aprovar regulações. Isso pode ter um efeito cascata global, ameaçando legislações locais de proteção contra desinformação e discurso de ódio.”

      Alinhamento com a extrema direita

      Mielli destacou que a mudança nas políticas da Meta reflete um posicionamento político explícito. “Essa declaração não é apenas um anúncio de medidas operacionais, mas um manifesto político. É um alinhamento geopolítico com o trumpismo e com o ultraliberalismo. A Meta assume um papel ativo na disputa por governos alinhados a essas agendas.”

      A jornalista também enfatizou que o abandono de verificadores de fatos profissionais em favor de “notas da comunidade” amplia a opacidade nas ações da empresa. “Essa nova abordagem reduz a transparência e elimina qualquer escrutínio público sobre os critérios de moderação de conteúdo. É uma estratégia que favorece a insegurança informacional e compromete a integridade das democracias.”

      Impacto nas eleições e na governança digital

      Mielli apontou os possíveis impactos dessa política em processos eleitorais e na governança digital. “A falta de mecanismos eficazes de checagem de fatos, somada ao anonimato em plataformas, pode fortalecer campanhas de desinformação. Sem uma legislação clara e soberana, ficaremos à mercê dessas empresas, que moldam suas políticas de acordo com interesses próprios.”

      Ela defendeu a aprovação de um marco regulatório no Brasil antes das próximas eleições. “O Brasil precisa urgentemente aprovar uma legislação que enquadre essas empresas nas regras nacionais. Só assim poderemos evitar que a desinformação contamine o processo eleitoral.”

      Resposta geopolítica e fortalecimento do diálogo internacional

      Mielli sugeriu que a questão da governança digital seja priorizada em fóruns internacionais como o BRICS e a ONU. “A presidência brasileira no BRICS pode ser uma oportunidade para travar essa discussão em termos geopolíticos. Precisamos de respostas coordenadas entre os países que buscam manter a integridade informacional.”

      Ela também destacou a importância de revisitar o debate em torno do Projeto de Lei 2630, conhecido como PL das Fake News. “Não importa se será o PL 2630 ou outro instrumento, mas o debate amadurecido nele deve ser o ponto de partida para qualquer legislação futura. Retomar esse caminho é essencial para garantir a soberania nacional e proteger nossas democracias.”

      A entrevista de Mielli ocorre em um momento de crescente tensão entre empresas de tecnologia e governos democráticos, marcando mais um capítulo no embate entre regulação estatal e a autonomia das plataformas digitais. Assista: 

       

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