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      Receita da Nvidia decepciona projeções para o 2º trimestre com restrições dos EUA à China

      Apesar do bom desempenho inicial, empresa prevê perda de US$ 8 bilhões com exportações limitadas de chips de IA ao mercado chinês

      Logo da Nvidia na sede da empresa, em Santa Clara, na Califórnia Maio/2022 (Foto: Cortesia da NVIDIA/Handout via REUTERS)
      Luis Mauro Filho avatar
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      247 - A Nvidia superou as expectativas de vendas no primeiro trimestre fiscal, mas frustrou o mercado ao projetar uma receita abaixo das estimativas para o segundo trimestre. As informações são da agência Reuters.

      A gigante dos semicondutores espera um impacto negativo de US$ 8 bilhões nas vendas devido às restrições mais severas impostas pelos Estados Unidos à exportação de seus chips de inteligência artificial para a China, um dos maiores mercados mundiais do setor.

      Mesmo com o alerta, as ações da Nvidia, que é hoje a empresa de semicondutores mais valiosa do mundo, subiram 4% nas negociações pós-fechamento. Em 2025, no entanto, o papel se mantém estável até o momento — um contraste com 2024, quando quase triplicou de valor.

      A companhia enfrenta agora um cenário mais desafiador: além das limitações comerciais impostas por Washington, o mercado de data centers voltados à inteligência artificial começa a dar sinais de maturação. As medidas dos EUA, parte de uma política de longa data para restringir o o da China às tecnologias mais avançadas, atingem diretamente a linha de chips H20 da Nvidia — os únicos que ainda podiam ser exportados legalmente ao país asiático.

      Em abril, a empresa já havia alertado para um prejuízo potencial de US$ 5,5 bilhões relacionado a essas restrições. Em maio, o CEO Jensen Huang estimou um impacto de até US$ 15 bilhões na receita. No entanto, o balanço divulgado nesta quarta-feira mostrou que a perda real no primeiro trimestre foi cerca de US$ 1 bilhão menor do que o previsto, graças à reutilização de materiais. A companhia informou que deixou de faturar US$ 2,5 bilhões com os chips H20 entre janeiro e março e projeta perder outros US$ 8 bilhões no segundo trimestre.

      Apesar disso, a Nvidia destacou que os chips H20 ainda geraram US$ 4,6 bilhões em vendas no trimestre inicial, com o mercado chinês representando 12,5% da receita total. Segundo Colette Kress, diretora financeira da empresa, “temos visibilidade para projetos que exigirão dezenas de gigawatts de infraestrutura de IA da Nvidia num futuro não tão distante”.

      Entre as iniciativas mais recentes da empresa para mitigar os efeitos das restrições, destacam-se os acordos no Oriente Médio. A Nvidia fechou uma série de parcerias, incluindo a fase inicial de um complexo de data centers de 10 milhas quadradas nos Emirados Árabes Unidos, que poderá operar com capacidade de 5 gigawatts em infraestrutura de IA. Projetos semelhantes também foram anunciados na Arábia Saudita e em Taiwan.

      Segundo o analista Gil Luria, da D.A. Davidson, “o impacto total das restrições ao H20 foi menor do que se temia”. Ele explicou que houve um adiantamento nas compras por parte dos clientes chineses antes que as restrições entrassem em vigor, o que impulsionou os resultados do primeiro trimestre.

      No primeiro trimestre, a Nvidia lucrou 81 centavos de dólar por ação em base ajustada. Excluindo os encargos relacionados às restrições, o lucro teria sido de 96 centavos. A média das projeções do mercado, conforme levantamento da LSEG com 17 analistas após o alerta de abril, era de 93 centavos por ação.

      Para o segundo trimestre fiscal, a Nvidia estima uma receita de US$ 45 bilhões, com margem de variação de 2%, abaixo da média de US$ 45,9 bilhões prevista pelos analistas. A empresa reforçou que a perda com os chips H20 está incluída nessa projeção.

      Jacob Bourne, analista da Emarketer, avalia que “a preocupação mais ampla é que as tensões comerciais e possíveis tarifas sobre a expansão de data centers possam gerar obstáculos à demanda por chips de IA nos próximos trimestres”. Ele conclui: “isso não representa o fim da dominância da Nvidia, mas indica que mantê-la exigirá habilidade para enfrentar um cenário cada vez mais complexo, geopolítica e economicamente”.

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