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      Natal sob ameaça nos EUA: China produz 80% dos brinquedos

      Indústria americana de brinquedos já sente impacto de tarifas impostas por Trump e risco de escassez no fim do ano preocupa empresas e consumidores

      (Foto: Gerada por IA/DALL-E)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Com 80% dos brinquedos vendidos nos Estados Unidos sendo fabricados na China, o acirramento da guerra comercial entre Washington e Pequim ameaça transformar o Natal de 2025 em um problema logístico e econômico. A informação é da Sputnik Brasil, com base em uma nova pesquisa divulgada pela Associação de Brinquedos dos EUA, que aponta altos índices de cancelamentos e atrasos nas encomendas por causa das tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump.

      De acordo com o levantamento, 81% das pequenas empresas — com faturamento entre US$ 10 milhões e US$ 100 milhões — relataram que atrasaram pedidos por conta das tarifas de até 145% aplicadas sobre produtos chineses. Entre elas, 64% já tiveram pedidos cancelados. No caso das empresas de médio porte, com faturamento acima de US$ 100 milhões, os índices são ainda mais altos: 87% sofreram atrasos e 80% cancelamentos. A pesquisa ouviu 410 empresas do setor e expôs um cenário preocupante, com prazos médios de entrega entre 4 e 5 meses — o que pode comprometer a presença dos brinquedos nas prateleiras durante a temporada natalina.

      Apesar do alerta emitido pelo setor, o presidente Trump minimizou os efeitos das medidas protecionistas. "Talvez as crianças tenham duas bonecas em vez de 30, e talvez as duas bonecas custem alguns dólares a mais", afirmou, em tom irônico, ao comentar a possível escassez de produtos durante as festas de fim de ano.

      Desde fevereiro, o governo dos Estados Unidos elevou as tarifas sobre produtos chineses para patamares que chegam a 145%, como parte de uma política de pressão econômica. A China respondeu com tarifas retaliatórias de 125%, aprofundando o ime comercial entre as duas maiores economias do mundo.

      Trump declarou que espera conversar com o presidente chinês, Xi Jinping, para buscar uma solução, mas autoridades de Pequim já sinalizaram que um diálogo direto entre os dois líderes só acontecerá caso haja um pré-acordo. Enquanto isso, o setor industrial dos Estados Unidos, em especial o de brinquedos, convive com incertezas crescentes. Segundo a Sputnik Brasil, até 46% das empresas consultadas item que podem enfrentar falência em questão de semanas ou meses caso não haja uma solução para a disputa.

      Além do impacto imediato sobre os negócios e os empregos, a situação escancara a dependência estrutural dos EUA em relação à cadeia produtiva chinesa. A eventual ausência de produtos típicos do Natal, como brinquedos, pode se tornar um símbolo da deterioração das relações bilaterais e do custo político das políticas comerciais adotadas pelo atual governo norte-americano.

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