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      Lula: ninguém garante que desoneração da folha mantém empregos

      Lula defendeu que seu governo possui responsabilidade fiscal

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

      (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira que "ninguém garante" que a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia mantém empregos, afirmando que o governo espera "seriedade" por parte dos empresários sobre o que farão com os recursos adicionais obtidos a partir da medida.

      "Diga o que vai fazer, porque esse negócio de dizer que é pra manter emprego, ninguém garante que vai manter emprego", disse Lula em entrevista ao programa "Bom dia, presidente", do CanalGov.

      A prorrogação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores tem gerado um contínuo embate entre o governo e o Congresso desde o ano ado. Após aprovarem a medida nas duas Casas, os parlamentares chegaram a derrubar o veto de Lula sobre o tema.

      Depois de esforços do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para negociar uma reoneração parcial dos setores e de determinados municípios beneficiados pela medida, a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentou no mês ado uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para bloqueá-la.

      Em decisão monocrática, o ministro Cristiano Zanin, indicado por Lula ao STF no ano ado, suspendeu trechos da lei aprovada pelo Congresso que prorrogou a desoneração. De acordo com o presidente, o governo apoiou a ação no Supremo como uma forma de forçar o empresariado a negociar a medida.

      "Quando nós entramos na Suprema Corte para que a gente suspendesse a desoneração, o objetivo é sentar na mesa e negociar", afirmou.

      A postura do governo irritou os líderes do Congresso. Para o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), a discussão sobre o tema deveria ocorrer apenas no âmbito político, indicando "perplexidade" com a ação do Executivo.

      O Senado apresentou um recurso para reverter a decisão de Zanin.

      DÉFICIT FISCAL

      Ao comentar sobre os esforços do governo para atingir o déficit fiscal zero neste ano, Lula disse ficar irritado com a discussão do tema, o que, segundo ele, não ocorre em nenhum outro país.

      "Eu às vezes fico um pouco irritado com esse negócio de déficit fiscal. Essa é uma discussão que nenhum país do mundo faz", disse o presidente, que disse ainda que a dicussão sobre este tema é "inócua".

      Lula defendeu que seu governo possui responsabilidade fiscal e argumentou que o sistema financeiro não pode ficar atento somente ao déficit fiscal, mas também olhar o "déficit social" do país.

      Ele ainda apontou que a economia brasileira está "indo bem", acrescentando que a inflação está controlada e que espera que a taxa básica de juros Selic, hoje em 10,75% ao ano, continue caindo.

      O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil fechou o ano ado com alta de 2,9%, superando estimativas do mercado. Em março, a inflação no país medida pelo IPCA desacelerou com força e atingiu o nível mais fraco em oito meses, de 0,16%, com a taxa em 12 meses indo abaixo de 4% pela primeira vez desde julho do ano ado.

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