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      Fazenda eleva projeção de inflação para 2025 e só prevê alívio nos preços a partir de setembro

      Governo estima IPCA em 5% neste ano, acima do teto da meta, e aponta retomada da queda inflacionária apenas no último trimestre

      Prédio do Ministério da Fazenda em Brasília 14/02/2023 REUTERS/Adriano Machado (Foto: REUTERS/Adriano Machado)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda revisou para cima a estimativa oficial da inflação para 2025, elevando a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 4,9% para 5%. A nova previsão ultraa o teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%. A informação consta no Boletim Macrofiscal de maio, divulgado nesta segunda-feira (20) pela própria SPE, informa o Metrópoles.

      De acordo com o relatório, que orienta as diretrizes econômicas e orçamentárias do governo federal, a trajetória de queda da inflação deve ocorrer “de maneira mais regular apenas a partir de setembro”. A revisão, segundo a pasta, reflete pequenas surpresas nos índices de março e ajustes pontuais no cenário projetado.

      “Apesar da contribuição do cenário externo para a inflação doméstica ser negativa no curto prazo, vetores como o aumento marginal no ritmo de crescimento observado no primeiro trimestre e maior defasagem do ree da apreciação cambial aos preços em cenário de aumento da volatilidade levaram a pequeno avanço nas estimativas de inflação”, diz o boletim.

      Pressão dos alimentos e combustíveis - O boletim também detalha o comportamento do IPCA de abril, que registrou alta de 0,43% — a maior para o mês desde 2023. Os principais vilões foram os grupos Alimentação e bebidas (0,82%) e Saúde e cuidados pessoais (1,18%). No sentido oposto, o grupo Transportes apresentou deflação, puxada pela queda de 14,15% nas agens aéreas e de 0,45% nos combustíveis.

      A inflação de alimentos, que teve impacto de 0,18 ponto percentual no IPCA de abril, foi influenciada por altas nos preços do tomate, leite e derivados, compensadas parcialmente pela queda nos preços do mamão e pela deflação do arroz.

      Apesar do avanço no acumulado de 12 meses, a SPE destacou que produtos tradicionais da mesa brasileira, como arroz, feijão e óleo de soja, registraram queda de preços entre janeiro e abril, reflexo de uma safra recorde de grãos e da retirada temporária de tarifas de importação, no caso do azeite.

      Trump e o efeito tarifário na América Latina - Durante a apresentação do relatório, o secretário de Política Econômica, Guilherme Mello, mencionou o impacto das medidas comerciais adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua possível influência sobre os preços no Brasil.

      “Para os países da América Latina, incluindo o Brasil, entendemos que a imposição dessas tarifas \[dos Estados Unidos e retaliação da China] pode até ter algum efeito positivo, do ponto de vista da redução da inflação”, afirmou Mello.

      Inflação acima da meta e novo estouro à vista - A meta de inflação definida para 2025 segue em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo — ou seja, entre 1,5% e 4,5%. No entanto, com o IPCA acumulando alta de 5,53% nos últimos 12 meses até abril e projeções de mercado indicando inflação de 5,5% no próximo ano, o cenário aponta para novo descumprimento da meta pelo terceiro ano consecutivo.

      Vale lembrar que, a partir de 2025, a meta de inflação a a ser contínua e será considerada descumprida se o índice ultraar o intervalo por seis meses seguidos. Nesse novo modelo, a pressão sobre o Banco Central aumenta, com o desafio de manter a credibilidade da política monetária sem as amarras do calendário anual.

      Perspectivas para outros índices - Além do IPCA, a SPE também atualizou as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste de salários e benefícios sociais. A estimativa para 2025 ou de 4,8% para 4,9%.

      Outros indicadores acompanhados pelo boletim também apontam um cenário de inflação elevada em 2025. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) deve fechar o ano com alta de 5,6%.

      Para 2026, as projeções são mais animadoras, com expectativa de IPCA a 3,6% e INPC a 3,5%, ambos dentro da meta estabelecida. Já o Produto Interno Bruto (PIB) deve crescer 2,4% em 2025 e 2,5% no ano seguinte, mantendo uma trajetória moderada de expansão.

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