Ceron descarta, por ora, uso de recursos do Tesouro para ressarcir beneficiários do INSS
Esquema desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, segundo a PF
247 - O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou nesta terça-feira (29) que, até o momento, o órgão não foi acionado nas discussões sobre o ressarcimento a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que sofreram descontos indevidos entre 2019 e 2024.
Segundo Ceron, no momento, qualquer eventual pagamento deverá ser realizado com recursos do próprio orçamento do INSS.
“Esse problema está sendo tratado integralmente pelo próprio órgão, que está realizando o trabalho de apuração dos valores devidos e identificando quem eventualmente teve esses descontos ilegais”, explicou Ceron durante coletiva de imprensa para falar dos resultados do Tesouro de março, conforme citado pela CNN Brasil.
“Neste momento, não podemos afirmar se haverá necessidade de aporte adicional para esses ressarcimentos. O órgão está totalmente dedicado a apurar tudo, recuperar os valores e ressarcir os beneficiários que foram prejudicados”, pontuou.
“Se o órgão precisar de algum tipo de apoio, aí sim haveria uma discussão do ponto de vista da gestão orçamentária. Mas, por enquanto, o entendimento é que é possível resolver com os recursos disponíveis”, disse.
“Os pagamentos previdenciários somam trilhões de reais. Embora o valor em questão seja relevante, ele representa uma fração desse orçamento. É claro que se trata de um ivo previsto, e o INSS terá que fazer esse trabalho de apuração”, pontuou.
No último dia 23, uma operação da CGU e da PF revelou que entidades faziam descontos em folha dos pensionistas do INSS de mensalidades que não haviam sido autorizadas. O esquema desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas, segundo a PF. A operação levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a demitir o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.
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