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      Brasil pode ser próximo alvo de "tarifaço" dos EUA, alerta ex-FMI e Banco Mundial

      Para ex-vice-presidente do Banco Mundial, Otaviano Canuto, Brasil deve se preparar para possíveis sanções - e não terá muita margem para retaliar

      Lula e Donald Trump (Foto: Ricardo Stuckert/PR | REUTERS/Brendan McDermid)
      Guilherme Levorato avatar
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      InfoMoney - Os mercados operam em forte queda nesta segunda-feira (3) após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um novo pacote de tarifas contra México, Canadá e China. E é possível que o próximo alvo seja o Brasil, na opinião do economista Otaviano Canuto, ex-diretor executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) e ex-vice-presidente do Banco Mundial.

      Em entrevista ao jornal O Globo, Canuto afirmou que é “questão de tempo” até que o governo de Trump amplie as sanções comerciais para outros países, , ex-vice-presidente do Banco Mundial, e o o Brasil pode ser um dos próximos afetados pela política protecionista americana, especialmente em setores como aço e alumínio.

      “A dúvida apenas é como isso vai chegar ao Brasil. Ele pode optar por uma tarifa geral ou por medidas específicas. O nosso pessoal de aço e alumínio tem que estar preocupado agora”, disse.

      O governo brasileiro já estuda possíveis medidas de reciprocidade, como tarifas de retaliação, mas enfrenta limitações em relação à dependência comercial dos EUA. “Imagino que o governo brasileiro esteja fazendo ou já tenha feito o dever de casa de verificar como poderá jogar tarifas de volta”, afirmou Canuto.

      Ele ressaltou que a Organização Mundial do Comércio (OMC) tem pouca capacidade de mediação no atual cenário. “A OMC está, na prática, paralisada como órgão apelativo. O tribunal de apelação está incompleto porque os juízes que deveriam ser indicados pelos Estados Unidos não foram nomeados”, explicou.

      Impacto nos mercados - A escalada protecionista dos EUA tem efeitos diretos nos mercados globais, com forte volatilidade em moedas emergentes, incluindo o peso mexicano e o dólar canadense. As bolsas globais registraram forte queda nesta segunda-feira (3), repercutindo o novo pacote de tarifas de Trump.

      Para Canuto, o aumento das tarifas também pode levar a uma alta nos preços de produtos importados nos EUA, pressionando a inflação global.

      “Os preços vão subir porque as cadeias produtivas não mudam da noite para o dia”, avaliou Canuto. Segundo ele, a nova política comercial de Trump pode forçar o Federal Reserve (Fed), banco central americano, a manter os juros elevados por mais tempo. “Se Trump ampliar ainda mais as tarifas, isso reforçará a posição do Fed de ficar onde está e não baixar mais os juros”, concluiu.

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