Alckmin diz que Brasil está alerta sobre risco de aumento das importações por guerra comercial: 'estamos monitorando com lupa'
Vice-presidente reafirmou a importância do diálogo e dos cuidados com a proteção da indústria local diante da guerra tarifária deflagrada por Trump
247 - O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reiterou nesta terça-feira (6) que o governo brasileiro segue em alerta máximo quanto aos possíveis impactos do aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos, que pode gerar deslocamento de produções e afetar a competitividade de alguns setores no Brasil. Durante sua fala, ele destacou que o governo monitora com rigor o cenário para proteger empregos e empresas nacionais.
“Estamos fazendo monitoramento com lupa para defender empregos e empresas”, afirmou Alckmin, alertando que o Brasil deve ser cuidadoso ao adotar medidas para proteger sua indústria local, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo. Segundo ele, as ações para restringir as importações precisam ser criteriosas, para evitar que gerem inflação ou aumentem os custos nas cadeias produtivas.
“Precisamos ser criteriosos. O que os Estados Unidos podem enfrentar com o aumento do imposto de importação é inflação e custo. No caso do aço, adotamos um sistema de cotas, caso contrário, teria impacto sobre toda a cadeia produtiva”, explicou o ministro, ressaltando que medidas de contenção de importações precisam ser balanceadas para não prejudicar a economia interna.
Alckmin ainda ressaltou que, entre os dez produtos mais importados pelo Brasil dos Estados Unidos, oito têm tarifas zeradas, uma situação que permite um maior equilíbrio nas trocas comerciais. O ministro também destacou que o aumento tarifário imposto pelo governo de Donald Trump tende a beneficiar o agronegócio brasileiro, que se mostra forte, competitivo e com grande capacidade de exportação.
“Resumindo: é diálogo e aproveitar novas oportunidades. Esse aumento tarifário vai beneficiar a agricultura. Nós temos um agronegócio muito exportador e muito forte, muito competitivo. Ele ajuda o agronegócio. E nós precisamos estar atentos na indústria”, afirmou, reafirmando a disposição do Brasil em continuar dialogando e negociando com os Estados Unidos.
Durante uma reunião-almoço promovida pela Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), Alckmin apresentou dados que reforçam a superávit do Brasil na balança comercial com os Estados Unidos, contrastando com o déficit do país norte-americano no comércio mundial. Ele enfatizou a importância dessa relação comercial, destacando que o Brasil não é um problema para os EUA, mas sim uma fonte de oportunidades de complementaridade econômica.
“É importante essa relação com os Estados Unidos, que é o que a gente tem procurado atuar, mostrando que com o Brasil não há nenhum déficit. O Brasil não é problema, e teremos oportunidades de complementaridade econômica em outras áreas”, concluiu Alckmin.
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