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      Lula alerta para “corrente de extrema direita nazista, fascista e negacionista” no mundo

      Em Paris, presidente criticou retrocessos democráticos globais, exaltou o multilateralismo e defendeu o combate à fome e às desigualdades

      Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 - Em discurso nesta quinta-feira (5) à comunidade brasileira em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um alerta contundente sobre o avanço de forças políticas autoritárias ao redor do mundo. Segundo ele, está em curso uma “corrente de extrema direita nazista, fascista e negacionista” que ameaça conquistas democráticas e promove retrocessos civilizatórios.

      “Se a gente não tomar cuidado e não levar a democracia muito a sério, a gente está arriscado a perder tudo que a gente construiu na democracia que nós aprendemos a construir depois da Segunda Guerra”, disse o presidente, advertindo que essas forças negam instituições, cultura, ciência e os direitos fundamentais.

      Homenagem à memória e à resistência - Lula iniciou sua fala destacando o livro “Ainda Estou Aqui”, de Marcelo Rubens Paiva, e a adaptação cinematográfica que venceu o Oscar, protagonizada por Fernanda Torres. Ao saudar Ana Lúcia Paiva, irmã do autor e filha do desaparecido político Rubens Paiva, o presidente emocionou-se: “Teu pai ainda vive e tua mãe está aqui conosco, porque ela é uma lutadora. Você tem que ter orgulho do sofrimento que vocês tiveram na infância.”

      Ele elogiou a forma como o livro e o filme resgataram a trajetória de luta da família, dizendo que se sentia “orgulhoso do teu irmão Marcelo, porque ele conseguiu contar uma história extraordinária”.

      Multilateralismo e inserção internacional - O presidente brasileiro também compartilhou sua experiência recente na Academia sa, onde foi apenas o segundo brasileiro convidado, depois de Dom Pedro II, em 1872. Lula comemorou ter introduzido o termo “multilateralismo” no dicionário francês:

      “Multilateral todo mundo sabia o que era, mas multilateralismo não. O ‘ismo’ foi nós que colocamos.”

      Ele reforçou seu compromisso com a construção de uma governança global mais justa e democrática, dizendo que muitas vezes se sente “como quem sobe uma escada rolante no sentido contrário”, mas que segue insistindo diante das dificuldades.

      Fome e desigualdade no centro do discurso - Ao rememorar sua primeira posse em 2003, Lula reafirmou que sua maior missão era combater a fome. “Se ao terminar meu mandato eu tivesse garantido que cada cidadã ou cidadão brasileiro tivesse tomado café de manhã, almoçado e jantado, eu já teria realizado a façanha da minha vida”, recordou.

      Segundo o presidente, o Brasil foi retirado do Mapa da Fome da ONU em 2012, mas voltou à insegurança alimentar após o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, a quem Lula voltou a classificar como vítima de um golpe. Atualmente, segundo ele, 24 milhões dos 33 milhões de brasileiros que avam fome já foram retirados dessa situação desde o início de seu atual mandato.

      Crítica a Bolsonaro e negação da ciência - Em tom incisivo, Lula responsabilizou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela tragédia sanitária da pandemia:

      “Haverá um dia em que ele será julgado como criminoso por não respeitar a ciência e permitir que no Brasil morressem mais de 700 mil pessoas de Covid”, afirmou, lembrando os discursos antivacina e o incentivo ao uso de medicamentos ineficazes.

      Defesa da democracia, dos artistas e do planeta - Lula relatou conversas recentes com Chico Buarque e mencionou a intenção de organizar um encontro com artistas e ex-jogadores nascidos entre as décadas de 1940 e 1950, como forma de valorizar o patrimônio cultural brasileiro. Também expressou preocupação com a destruição ambiental, criticando a omissão dos países ricos.

      “Se a gente não tiver responsabilidade e não trabalhar com muita força para obrigar os países ricos a cumprirem com seus compromissos, sinceramente não sei o que vai acontecer no planeta.

      Em sua fala final, Lula reforçou os três pilares que levaram sua comitiva à França: democracia, combate às desigualdades e luta contra a fome. E criticou a disparidade entre os gastos militares globais e a persistência da miséria: “O mundo gasta US$ 2,7 trilhões em armas, enquanto 733 milhões de seres humanos am fome.”

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