Kassab: "centro-direita" se uniria em torno de Tarcísio caso ele decida ser candidato ao Planalto em 2026
Presidente do PSD afirmou que nomes como Zema, Caiado e Ratinho Jr. não serão candidatos se governador paulista entrar na disputa
247 - O presidente nacional do PSD e atual secretário de Relações Institucionais do estado de São Paulo, Gilberto Kassab, declarou nesta terça-feira (30) que a "centro-direita" deve unificar sua candidatura para 2026 ao Planalto em torno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso ele aceite disputar.
As declarações foram dadas durante palestra sobre o cenário político no evento da Afresp (Associação dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de São Paulo) na terça-feira (29). As informações são do UOL.
De acordo com Kassab, não haverá outra candidatura competitiva no campo da centro-direita se Tarcísio decidir concorrer ao Planalto. “Mas, se ele for candidato, a centro-direita não lança nenhum outro candidato. [Ronaldo] Caiado não sai, Ratinho [Jr.] não sai, [Romeu] Zema não sai, Tereza Cristina não sai”, afirmou.
Apesar da sinalização de apoio, o presidente do PSD ponderou que Tarcísio dificilmente se lançará candidato por conta própria. O governador tem reiterado publicamente que seu foco está na tentativa de reeleição em São Paulo, em 2026. Para aliados próximos, no entanto, ele ite que só entraria na disputa presidencial se o pedido partisse diretamente do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — hoje inelegível por decisão do TSE.
Na avaliação de Kassab, caso Tarcísio opte por não disputar, outros nomes podem surgir no mesmo espectro político, e ao menos seis possíveis candidaturas poderiam emergir do grupo político ligado ao governador. Um dos nomes mais fortes, segundo ele, seria o do governador do Paraná, Ratinho Jr., também do PSD. “Ele une o Sul do país, e pesquisas qualitativas mostram que o Sul ainda é o maior reduto anti-PT do Brasil”, avaliou Kassab.
O ex-prefeito de São Paulo também afirmou que, apesar do desgaste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece como um nome competitivo. “Por mais desgaste que o Lula sofra junto à população, ele segue como um candidato forte para o ano que vem”, disse, projetando um embate provável entre Lula e o candidato da direita ou centro-direita. “Com Tarcísio na disputa, a configuração seria ‘Lula ou o candidato da esquerda contra Tarcísio’.”
Kassab também avaliou que a próxima eleição presidencial pode não seguir o padrão de polarização das anteriores, embora a presença de Lula no pleito ainda tenda a acirrar os ânimos. Segundo ele, há espaço para candidaturas de centro. “A eleição do Ricardo Nunes [reeleito prefeito de São Paulo] foi uma sinalização”, afirmou, citando o prefeito como exemplo de vitória do centro sobre extremos representados por Pablo Marçal (PRTB) e Guilherme Boulos (PSOL).
PL da Anistia - Ainda durante o evento, Kassab foi questionado sobre o Projeto de Lei da Anistia, que propõe perdoar envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. O dirigente evitou previsões sobre a tramitação e itiu que o tema divide o Congresso.
“Aprovação de anistia é incógnita para mim”, disse. “Vejo muita mobilização a favor e muita mobilização contra. É uma incógnita para mim.”
Mais tarde, em conversa com jornalistas, Kassab disse que a bancada do PSD está liberada para votar como quiser. “Estou vendo as s, a disputa, eu vejo que está bastante acirrado”, comentou. Ele acrescentou: “O governo trabalha para não ter a votação, mas caso tenha, acho que existe a chance de ar. Vejo o Congresso muito dividido.”
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