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      Ex-comandante do Exército nega ter impedido prisão de golpistas no QG

      Ao STF, Júlio Cesar Arruda afirmou que a ação foi discutida com ministros e negou embate com comandante da PM no dia 8 de janeiro de 2023

      Júlio Cesar de Arruda e coronel Fábio Augusto Vieira (Foto: Comando Militar do Leste | Marcelo Camargo/Agência Brasil | Reprodução)
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      247 - O ex-comandante do Exército, Júlio Cesar Arruda, refutou, durante depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira (22),  as acusações de que teria proibido a entrada da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) no acampamento golpista em frente ao Quartel General do Exército, no dia 8 de janeiro de 2023. O general também afirmou não se recordar de qualquer confronto com o comandante da PM. As informações são do UOL.

      Arruda depôs como testemunha de defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), na ação penal que investiga os desdobramentos da tentativa de golpe. Ele chefiou o Exército entre os dias 30 de dezembro de 2022 e 21 de janeiro de 2023. Durante a audiência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, questionou o ex-comandante sobre a decisão de não permitir o o da PM ao acampamento após os protestos golpistas. Arruda esclareceu que a questão foi discutida de forma conjunta com os ministros do governo Lula.

      Naquele dia, os ministros Rui Costa (Casa Civil), José Múcio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça) se dirigiram ao QG para conversar com Arruda. Embora a PM tenha chegado ao local, não conseguiu conter os manifestantes. Em seu depoimento, segundo a reportagem, o ex-comandante negou ter impedido a entrada da polícia e explicou que sua escolha foi convocar as autoridades para coordenar a retirada dos manifestantes, o que acabou não acontecendo naquela noite.

      Além disso, Arruda afirmou não se lembrar de um suposto embate com o comandante da PM, Fabio Augusto Vieira. O ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, questionou o ex-comandante sobre um diálogo que teria ocorrido entre ele e Vieira, quando a PM chegou ao QG. Em depoimento à Polícia Federal, Vieira afirmou ter ouvido de Arruda a frase: "minha tropa é um pouco maior que a sua". Questionado sobre o episódio, o ex-comandante do Exército afirmou que "não se lembra" de tal conversa.

      Arruda enfatizou ainda que sua principal função naquele dia era apaziguar os ânimos. Segundo o depoimento, ele estava no QG desde as 14h do dia 8 de janeiro, acompanhando a situação junto com José Múcio. Juntos, procuraram uma solução coordenada entre o próprio Arruda, o general Dutra (então chefe do Comando Militar do Planalto) e os ministros do governo Lula.

       “Eu não neguei [a prisão de manifestantes]. Quando começou a acontecer aquilo tudo lá, por volta de 14h, fui para o QG ordenar as ações que teriam que ser feitas pelo Exército. E estava ali do meu lado, praticamente o tempo todo, o ministro José Múcio. Lá pela noite, quando parte dos manifestantes estava voltando para a área da Praça dos Cristais, o general Dutra me ligou e falou que 'a polícia tá vindo aqui atrás e eu tenho informação de que eles vão prender todo mundo'. Falei 'não, isso tem que ser coordenado, convoca lá o interventor e vamos coordenar isso aí'", disse o militar, de acordo com a reportagem.

      Ainda segundo Arruda,  aAli estava um clima de nervosismo, o senhor sabe bem disso. Minha função era acalmar, e eu falei que isso aí tinha que ser feito de maneira coordenada. E foi feito, como eu disse, [com] o ministro Flávio Dino, o Rui Costa, o José Múcio, eu e o general Dutra.”

      As audiências de defesa continuam sendo conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, que também convidou os demais ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para acompanhar as sessões. As testemunhas indicadas pela defesa de Mauro Cid foram ouvidas hoje, enquanto as testemunhas da acusação já foram ouvidas ao longo da semana. Elas confirmaram que Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma minuta golpista aos comandantes das três forças, buscando se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. 

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