Eletrobras obtém apoio suficiente para aprovar acordo com União
Acordo visa encerrar a disputa sobre a influência do governo na companhia
SÃO PAULO (Reuters) - A Eletrobras já obteve votos suficientes de acionistas para aprovar o acordo assinado com a União para encerrar a disputa sobre a influência do governo na companhia.
Segundo votação realizada à distância previamente à assembleia marcada para terça-feira, a conciliação com o governo federal recebeu apoio equivalente a mais de 622 milhões de ações ordinárias da companhia.
Acionistas representantes de cerca de 163,3 milhões de ações se abstiveram ou votaram em branco, enquanto representantes de apenas 930 ações foram contrários.
O governo não participa da votação sobre esse tema, conforme previamente acordado com a Eletrobras.
Acionistas que votaram à distância e se inscreveram para a assembleia ainda podem, em tese, mudar seu voto.
A Eletrobras e a União anunciaram em fevereiro que chegaram a um acordo para encerrar a disputa no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o limite de poder de voto na companhia, dando fim a uma incerteza que pairava sobre a companhia desde que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assumiu em 2023, com duras críticas à Eletrobras recém-privatizada pelo governo anterior.
Com o acordo, o governo federal ará a ter representatividade em conselhos da Eletrobras, com três assentos cativos.
Na assembleia de terça-feira, acionistas votarão para eleger a nova composição do colegiado, incluindo os três apontados pela União: Nelson Hubner, Maurício Tolmasquim e Silas Rondeau.
O acordo prevê, sob a ótica da Eletrobras, a diminuição de importantes riscos associados a negócios nucleares, dos quais a empresa continuou como sócia minoritária após sua privatização. A Eletrobras deixa, por exemplo, de ter obrigação de aportar recursos para a usina nuclear de Angra 3, caso o projeto siga adiante.
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