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      Brasil aposta em pragmatismo e diplomacia nas relações com novo governo de Donald Trump

      Avaliação é que os EUA priorizarão parcerias e investimentos no Brasil, evitando pressões e tarifas, para contrabalançar influência chinesa no continente

      Donald Trump em Phoenix (Foto: Cheney Orr / Reuters)
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      247 - A diplomacia brasileira sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) espera estabelecer uma relação pragmática com os Estados Unidos durante a gestão de Donald Trump, que toma posse nesta segunda-feira (20). Embora Trump seja conhecido por suas declarações protecionistas, o governo brasileiro aposta em um canal de diálogo, especialmente com o regime de Nicolás Maduro na Venezuela, como possível ponte para aproximar os dois países, mesmo com rusgas diplomáticas recentes.

      De acordo com fontes do governo consultadas pela Folha de S. Paulo, a istração Trump, principalmente através de seu enviado para a América Latina, Mauricio Claver-Carone, não deve adotar uma postura agressiva mediante a imposição de tarifas ou pressões diplomáticas sobre o Brasil. Em vez disso, espera-se um enfoque em investimentos e parcerias estratégicas, especialmente para contrabalançar a crescente presença da China no continente.

      Apesar das tensões ideológicas entre os dois governos, membros do governo brasileiro afirmam que não há nada que impeça uma relação respeitosa entre Lula e Trump, já que o republicano nunca atacou pessoalmente o presidente brasileiro, ao contrário de outros líderes latino-americanos, como o argentino Javier Milei, com quem Lula mantém uma relação tensa e protocolar. A visão pragmática do governo dos EUA no Brasil é destacada pelos especialistas, que apontam que, pelo menos até 2025, as prioridades de Trump na América Latina serão focadas no México, América Central e Caribe, com temas como Cuba, Venezuela e a presença chinesa como principais questões de interesse.

      Ainda segundo a reportagem,  a relação entre Brasil e Estados Unidos também a pela cúpula do BRICS, que o Brasil sediará este ano. O grupo, formado por grandes potências emergentes como China e Rússia, tem se posicionado como uma alternativa ao sistema global liderado pelos EUA, com o Brasil defendendo a desdolarização, um objetivo que Trump tem tentado obstruir.

      No entanto, a postura de Washington em relação à Venezuela poderá ser um ponto de tensão. Especialistas sugerem que, embora Trump possa ser pragmático na sua abordagem ao Brasil, o governo dos EUA pode pressionar o Brasil a adotar uma posição mais firme contra o regime de Maduro, especialmente após as eleições contestadas que reelegeram o presidente venezuelano em julho ado. Apesar dessa pressão, o Brasil busca manter um canal de comunicação com a Venezuela, equilibrando críticas com um protocolo diplomático cuidadoso.

      No campo econômico, o Brasil pode se beneficiar da guerra comercial entre os EUA e a China, especialmente em setores como a exploração de minerais estratégicos, fundamentais para a transição energética e a indústria de semicondutores. Além disso, o agronegócio brasileiro também pode encontrar novas oportunidades no mercado norte-americano, embora haja concorrência direta com os produtos dos EUA.

      Por outro lado, a postura de Trump em relação ao multilateralismo, particularmente sua aversão a organizações como a ONU e a OMC, representa um desafio para a diplomacia brasileira, que sempre defendeu uma maior cooperação multilateral. Mesmo durante o governo Biden, a Organização Mundial do Comércio (OMC) segue paralisada, e a ONU não conseguiu mediar ou resolver crises como as guerras na Faixa de Gaza e na Ucrânia.

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