'Ampliar e diversificar a pauta comercial com Angola é prioridade’, diz Lula

247 - Em encontro realizado nesta sexta-feira (23), no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou o compromisso do Brasil em estreitar os laços comerciais com Angola. Ao lado do presidente angolano, João Lourenço, o chefe de Estado brasileiro defendeu a retomada de um fluxo comercial mais robusto entre as duas nações e destacou o papel estratégico da Petrobras nesse processo.

A cobertura do evento foi feita pela imprensa oficial do governo. Durante sua fala, Lula sublinhou que “ampliar e diversificar a pauta comercial é prioridade”, lembrando que o comércio bilateral já alcançou volumes significativamente superiores no ado. “O Brasil já teve um fluxo comercial com a Angola de US\$ 4,5 bilhões, e agora estamos em apenas US\$ 1,5 bilhão”, lamentou.

Ele dirigiu-se diretamente às autoridades presentes dos dois países: “Significa, meus caros ministros e ministras brasileiras e ministros e ministras de Angola, que nós temos que trabalhar mais para que a gente faça nosso fluxo de comércio exterior ser do tamanho que a gente pensa que são nossos países”.

Lula se disse confiante na recuperação desse intercâmbio, afirmando: “Tenho certeza de que voltaremos a superar em breve nosso melhor momento de fluxo comercial”. Para isso, ele defendeu uma atuação mais intensa da estatal brasileira de petróleo. “Por isso é importante que a Petrobras volte a ter uma participação ativa na prospecção, na pesquisa de combustível fóssil e também de gás”, afirmou.

O presidente também ressaltou o histórico de confiabilidade de Angola como parceiro comercial, destacando que o país africano sempre cumpriu suas obrigações financeiras com o Brasil. “Angola - e é importante lembrar isso - sempre foi um bom pagador e quitou sua dívida com cinco anos de antecedência. Ninguém tem que ter medo de vender alguma coisa para Angola ou fazer qualquer empréstimo para Angola, porque os angolanos são cumpridores dos seus deveres”, enfatizou Lula.

A visita de João Lourenço a Brasília representa mais uma etapa na reaproximação estratégica entre os dois países lusófonos, que compartilham não apenas laços culturais e históricos, mas também interesses comuns no campo energético e no fortalecimento de relações Sul-Sul.