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      Marcia Carmo

      Jornalista e correspondente do Brasil 247 na Argentina. Mestra em Estudos Latino-Americanos (Unsam, de Buenos Aires), autora do livro ‘América do Sul’ (editora DBA).

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      "Vão ter que me tirar morto da Casa Rosada", diz Milei em defesa do déficit fiscal, em dia de votação e repressão policial

      Senado argentino debate a Lei de Bases sob fortes protestos e pressão contra o presidente ultradireitista

      Presidente de extrema direita Javier Milei, da Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)

      O presidente argentino Javier Milei entende que esta quarta-feira é decisiva para seus planos de governo – e governabilidade. O Senado debate a Lei Bases, que prevê a redução do papel do Estado e que gera protestos do lado de fora do Congresso Nacional.

      A polícia reprimiu manifestantes com gás pimenta e três deputados da oposição, que participavam das manifestações, foram levados para o hospital com queimaduras nos olhos. As cenas levaram a senadora opositora de Milei, Anabel Fernández Sagasti, do Partido Justicialista (peronista), a declarar no plenário da casa: “Quero denunciar a repressão que está sendo realizada na Praça dos Dois Congressos (em frente ao parlamento). Três deputados estão internados e vários manifestantes estão sendo atendidos nas emergências dos hospitais”, disse.

      A ministra da Segurança, Patricia Bullrich, determinou que as forças de segurança cercassem o Congresso, gerando empurrões entre policiais e manifestantes – em uma ‘nuvem’ de gás lacrimogêneo por parte das tropas de choque e pedradas dos manifestantes contra a repressão policial.

      Em alguns pontos, na tarde desta quarta-feira, há até mais policiais e tanques, além de caminhões hidrantes, do que manifestantes. Enquanto isso, por sua vez, Milei discursou, também nesta quarta-feira, dizendo que “só morto” abriria mão da sua meta de déficit zero nas contas do Estado. “Vão ter que me tirar morto da Casa Rosada”, disse. Ele criticou a oposição pela “lentidão” na aprovação da Lei Bases.

      Para tentar aprová-la, o governo desistiu, na última hora, na manhã desta quarta, de uma série de projetos, como os que previam as privatizações da companhia aérea Aerolíneas Argentinas, do Correio Argentino e das empresas públicas de comunicação (TVs e rádios estatais), além da reforma do sistema previdenciário. Das mais de 40 empresas que o governo pretendia privatizar, no projeto original, tinham sobrado 11 após a votação do texto na Câmara dos Deputados. E, agora, a lista poderia ser reduzida a oito empresas a serem vendidas total ou parcialmente.

      Outro ponto do texto que gera a rejeição da oposição é o que prevê ‘faculdades delegadas’ – autonomia para Milei aplicar medidas por um ano em determinadas áreas, sem o aval do Congresso. O encolhimento da Lei Bases é uma forte derrota para o governo Milei. O partido do presidente, A Liberdade Avança (LLA), tem apenas sete votos no Senado – enquanto o opositor kirchnerismo, que governou o país até o ano ado, conta com 33 votos.

      O resultado da votação da Lei Bases ainda é incerto e o texto poderia ter que voltar à Câmara dos Deputados após as modificações. Milei disse que está pronto para vetar as alterações. Mas sua canetada também dependerá da força do Congresso.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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