Patagônia: Vice-governador de Rio Negro quer mais turistas brasileiros em Bariloche e gás argentino no Brasil
No evento realizado pelo Brasil 247, C5N e Ambito Financiero, Pesatti discursou sobre energia. Bariloche chegou a ser chamada de ‘Brasiloche’
Durante o evento ‘Encontro de energia e produção’, realizado na cidade de Bariloche, na província argentina de Rio Negro, no sul do país, o vice-governador Pedro Pesatti disse ao Brasil 247 que a relação bilateral é fundamental. Independentemente de quem esteja na Presidência.
“O turista brasileiro é sempre muito bem-vindo. Já temos a tradição de esperá-los em cada inverno. E também quero destacar que iramos as praias brasileiras.”, disse Pesatti. A tradicional e forte presença turística brasileira levou Bariloche a ser chamada por alguns setores de ‘Brasiloche’.
O vice-governador lembrou que a cidade é o principal centro turístico de inverno e de neve da Argentina e da América do Sul. Ele observou que hoje, apesar do câmbio (real-peso) ser desfavorável para os brasileiros, existe forte expectativa pela presença dos turistas do Brasil neste inverno no centro de esqui argentino. De fato, nesta semana, que já registra baixas temperaturas, era notória a presença de brasileiros em alguns dos pontos turísticos da cidade patagônica. Mas os preços não são mais como nos tempos da desvalorização do peso. “Bariloche oferece, porém, alternativas para todos os bolsos”, disse.
Professor de Letras, escritor e estudioso da história dos dois países, o vice-governador, de trajetória peronista, é do partido provincial ‘Juntos somos Rio Negro’. As autoridades da província são contra as políticas do presidente Javier Milei que emagreceram o envio de recursos federais para, por exemplo, a conclusão de obras públicas locais.
Para ele, ao mesmo tempo, a possibilidade de que seja enviado gás da Argentina para o Brasil pode ser uma forte fonte de recursos para Río Negro e o país como um todo. O complexo energético de ‘Vaca Muerta´ é um dos maiores do mundo. Está localizado na província de Neuquén, também na região da Patagônia, no sul do país, e seus reflexos econômicos envolvem diretamente as vizinhas Río Negro, La Pampa e Mendoza, além da província de Buenos Aires.
Enquanto o gasoduto Nestor Kirchner, que levará gás natural até a fronteira com o Brasil, está sendo construído, o vice-governador lembrou que essa energia poderá ser transportada através de embarcações que partiriam da área portuária da província até o Rio de Janeiro e de lá distribuído para outros destinos brasileiros, segundo as normas brasileiras.
O projeto que prevê o transporte do gás natural através de embarcações foi antecipado, há poucos dias, pelo presidente da estatal petrolífera YPF, Horacio Marín. “Será importante para a província, para o país e nos vincula ainda mais com o Brasil”, disse o vice-governador durante a entrevista ao Brasil 247.
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