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      Fake news gerada por IA favoreceu Milei em eleições parlamentares argentinas

      Vídeo falso com apoio de Macri foi divulgado na véspera do pleito, em violação à lei eleitoral; episódio acende alerta para o TSE

      O presidente da Argentina, Javier Milei, ergue o punho no palco da sede do partido La Libertad Avanza, no dia das eleições legislativas da cidade de Buenos Aires, Argentina, em 18 de maio de 2025 (Foto: REUTERS/Tomas Cuesta)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – Um vídeo falso gerado por inteligência artificial pode ter sido decisivo para o desempenho do partido do presidente argentino Javier Milei nas eleições parlamentares municipais realizadas neste domingo (18) em Buenos Aires. A informação foi publicada pelo jornal Valor Econômico.Segundo o Valor, o vídeo começou a circular nas redes sociais de apoiadores de Milei no sábado, véspera da votação. Nele, o ex-presidente Mauricio Macri aparecia supostamente itindo a derrota de sua chapa e pedindo votos para o partido de Milei, o La Libertad Avanza (LLA). A gravação, contudo, era inteiramente falsa, fruto de manipulação por inteligência artificial generativa.

      A manobra ocorreu justamente durante o período de silêncio eleitoral, quando a legislação argentina proíbe a veiculação de pesquisas e campanhas. Ainda que dirigentes do LLA tenham negado envolvimento, atribuindo a peça a militantes espontâneos, o impacto da desinformação é inegável. O partido de Milei terminou com 30% dos votos, seguido pelo peronismo (27%) e pelo PRO de Macri (16%).

      Embora o resultado tenha sido inferior à última pesquisa divulgada cinco dias antes — que apontava 36% para o LLA — a estratégia de desinformação pode ter evitado um constrangimento simbólico para Milei: dividir a direita em Buenos Aires e permitir que o peronismo se tornasse a força mais votada na capital.

      O episódio lança um alerta para democracias mundo afora, inclusive o Brasil. A crescente sofisticação das ferramentas de IA, usadas para criar conteúdos falsos com aparência realista, amplia o desafio das autoridades eleitorais. No Brasil, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já havia adotado medidas rígidas no pleito de 2024, responsabilizando solidariamente as plataformas que veicularem conteúdos falsos ou vídeos manipulados por IA não identificados como tal.

      Diante do que aconteceu na Argentina — país que não possui uma instituição equivalente ao TSE — o caso deixa de ser uma especulação teórica e se torna uma advertência concreta. O uso de IA na desinformação eleitoral é um problema real, crescente e de difícil contenção. Como aponta o Valor, não se trata mais de excesso de zelo, mas da necessidade urgente de novos instrumentos de defesa da democracia.

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