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      Cuba denuncia nova inclusão em lista "antiterrorismo" dos EUA

      O governo dos EUA está se desacreditando mais uma vez ao incluir a ilha na lista de países que “não cooperam plenamente com seus esforços antiterroristas”

      Embaixada de Cuba nos EUA (Foto: MRE Cubano)
      José Reinaldo avatar
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      247 - O governo de Cuba voltou a condenar veementemente sua inclusão na lista dos países que “não cooperam plenamente com os esforços antiterroristas” dos Estados Unidos. Em nota oficial publicada nesta terça-feira (14), o Ministério das Relações Exteriores de Cuba (MINREX) denunciou o que classificou como uma "manipulação política" por parte do Departamento de Estado norte-americano. As informações foram divulgadas pela agência Prensa Latina.

      “A decisão do governo dos Estados Unidos desacredita, mais uma vez, a seriedade com que deve ser tratada a luta internacional contra o terrorismo”, afirma o comunicado. O texto aponta que a medida visa atender a interesses hegemônicos e geopolíticos dos EUA, que utilizam listas unilaterais para pressionar governos soberanos que se recusam a se submeter à sua influência.

      O MINREX lembrou que, há apenas um ano, o próprio governo Joe Biden havia reconhecido a eficácia da cooperação bilateral em temas de aplicação da lei — incluindo o combate ao terrorismo —, retirando Cuba da mesma lista. “Nada mudou desde então no desempenho exemplar de Cuba nessa área”, destaca a chancelaria cubana, refutando qualquer justificativa técnica para a reversão da medida.

      Segundo o governo cubano, a reclassificação de Cuba como país não cooperativo é resultado direto da pressão política do presidente Donald Trump e de seu secretário de Estado, Marco Rubio. Ambos são apontados como os articuladores da retomada de uma agenda de confronto e hostilidade em relação à ilha caribenha.

      “Washington não apresentou nenhuma evidência concreta para justificar essa decisão arbitrária”, denuncia o documento.

      Para o governo da ilha, as listas elaboradas pelos EUA são “instrumentos destinados a servir à política de ‘pressão máxima’ e guerra econômica”, longe de refletirem qualquer critério objetivo ou compromisso autêntico com a luta antiterrorista.

      O comunicado reafirma a postura histórica de Cuba: “O compromisso de nosso país com ações firmes e a condenação do terrorismo é absoluto e inabalável.” A chancelaria cubana também lembra que os EUA, por outro lado, historicamente ofereceram abrigo a notórios terroristas anticubanos. “Terroristas confessos como Luis Posada Carriles e Orlando Bosch Ávila viveram tranquilamente em Miami, sob a proteção das autoridades norte-americanas”, denuncia.

      Outro ponto enfatizado pelo governo cubano foi o atentado à embaixada de Cuba em Washington, ocorrido em setembro de 2023. “Seguimos aguardando respostas concretas sobre a identidade e motivações do autor do ataque. O silêncio das autoridades estadunidenses é inaceitável”, afirma o comunicado.

      “Nossa nação nunca participou da organização, financiamento ou execução de atos terroristas contra qualquer país, tampouco permitiu ou permitirá o uso de seu território para tais fins”, conclui o texto.

      O uso político de listas antiterrorismo prejudica a credibilidade das instituições envolvidas e desvia o foco do verdadeiro combate ao extremismo. Para Cuba, trata-se de mais uma ofensiva na longa história de bloqueios, pressões e ingerências, agora reeditada sob nova roupagem, mas com os mesmos objetivos de desestabilização e cerco.

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