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      Cuba defende parceria China-CELAC como alternativa ao domínio dos EUA

      Ministro Bruno Rodríguez reforça laços com Pequim e denuncia tentativas dos EUA de reconfigurar o sistema internacional por meio de pressões e sanções

      Bruno Rodríguez, Chanceler de Cuba (Foto: Prensa Latina)
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      247 - Em discurso durante a 4ª Cúpula China-CELAC, realizada em Pequim nesta terça-feira (13), o ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, destacou a relevância estratégica da cooperação entre a China e os países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), num contexto internacional marcado pelas tentativas do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma nova ordem mundial à base de pressões e medidas punitivas, informa a agência Prensa Latina, que acompanhou a participação do chanceler cubano no encontro. “A cooperação no Fórum China-CELAC é profundamente relevante em um cenário global complexo, marcado pelas tentativas dos Estados Unidos de reconfigurar o sistema internacional”, afirmou Rodríguez, ao reiterar o compromisso de Cuba com uma diplomacia baseada na soberania e no multilateralismo.

      O chefe da diplomacia cubana rechaçou as ações dos EUA que, segundo ele, se expressam por meio de tarifas unilaterais, sanções extraterritoriais e ameaças a países que desenvolvem parcerias legítimas com empresas chinesas. 

      Rodríguez também destacou os avanços proporcionados pelo Fórum China-CELAC desde sua criação, em 2014, durante a Segunda Cúpula da CELAC em Havana. Para ele, o mecanismo se consolidou como um espaço de “valor estratégico e prático” na construção de uma comunidade com futuro compartilhado. Ele celebrou que “a maioria dos países latino-americanos e caribenhos mantém atualmente relações diplomáticas com Pequim baseadas no respeito mútuo e na colaboração com benefícios tangíveis”.

      Ao lembrar que este ano marca o 65º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e a China, o chanceler descreveu essa parceria como “historicamente um exemplo de cooperação Sul-Sul”. Ele sublinhou que os vínculos bilaterais estão alicerçados “no respeito mútuo, na igualdade soberana e na complementaridade”.

      Rodríguez elencou iniciativas concretas que exemplificam os frutos dessa relação: “as conquistas conjuntas incluem projetos em biotecnologia, energia renovável e treinamento acadêmico para profissionais cubanos em universidades chinesas, o que fortaleceu as capacidades nacionais”, disse.

      O ministro também fez duras críticas ao bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA contra Cuba, que foi intensificado nos últimos anos e atingiu “níveis sem precedentes”, agravados pela inclusão da ilha na lista dos chamados Estados patrocinadores do terrorismo. “A inclusão arbitrária do nosso país na lista espúria de Estados supostamente patrocinadores do terrorismo é uma afronta à verdade e uma violação flagrante do direito internacional”, alertou.

      Durante seu pronunciamento, Rodríguez reafirmou o apoio de Havana ao princípio de “uma só China” e condenou qualquer tentativa de minar a integridade territorial e a soberania do país asiático. Ele também elogiou iniciativas promovidas por Pequim, como a Iniciativa do Cinturão e Rota e o Plano de Cooperação China-CELAC (2022–2024), que, em sua avaliação, resultaram em “projetos de alto impacto socioeconômico na região”.

      Encerrando sua fala, o chanceler cubano defendeu que os compromissos do fórum se traduzam em ações práticas e mecanismos ágeis de financiamento. “Vamos construir juntos um mundo mais justo e equitativo, onde as aspirações de desenvolvimento de nossas nações não sejam uma utopia, mas um direito realizado, evidenciado pela prosperidade de nossos povos”, concluiu Rodríguez, reforçando o papel do Sul Global na redefinição das relações internacionais contemporâneas.

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