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      Organização Internacional para Mediação nasce como semente de paz no mundo em conflito, afirma editorial do Global Times

      Hong Kong sedia da convenção que cria a OIMed, primeiro organismo dedicado excluisivamente à mediação de disputas internacionais

      China lança Organização para Mediação Internacional (Foto: Xinhua)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Em meio a um cenário geopolítico turbulento e marcado por disputas cada vez mais acirradas entre Estados, empresas e blocos econômicos, uma nova iniciativa diplomática pode representar um divisor de águas: foi oficialmente criada, no dia 30 de maio, a Organização Internacional para Mediação (OIMed), cuja convenção de fundação foi assinada em uma cerimônia solene em Hong Kong.

      O evento contou com a presença de representantes de 85 países e cerca de 20 organizações internacionais. No ato inaugural, 33 nações am a convenção, tornando-se membros fundadores da OIMed — a primeira organização intergovernamental do mundo com foco exclusivo na mediação como método para resolução pacífica de controvérsias internacionais. A informação é do jornal Global Times, que destacou em editorial a importância histórica da criação da entidade em um editorial publicado na última sexta-feira (31).

      A proposta da OIMed surge como uma alternativa aos mecanismos tradicionais, como a arbitragem e o contencioso judicial, frequentemente iníveis, onerosos e insensíveis às realidades dos países em desenvolvimento. "A mediação baseia-se no respeito à vontade das partes", destaca o editorial. Ao contrário da imposição de sentenças, o novo organismo busca soluções negociadas, vantajosas para todos, a partir do diálogo mediado por terceiros neutros.

      Segundo dados citados pelo Global Times, a experiência de Hong Kong em mediação judicial comprova a eficácia do método: a taxa de acordo chega a 50%. Isso evidencia o potencial da OIMed para lidar com disputas de alta complexidade — como conflitos interestatais, controvérsias sobre investimentos estrangeiros e disputas comerciais internacionais — especialmente quando envolvem diferentes sistemas jurídicos e sensibilidades culturais ou políticas.

      O editorial defende que a criação da OIMed atende a uma demanda urgente: a superação da mentalidade de confronto herdada da Guerra Fria, que ainda orienta, segundo o texto, a postura de grandes potências em relação a disputas internacionais. "Alguns países importantes estão acostumados a lidar com disputas por meio de sanções unilaterais, ignorando os mecanismos multilaterais existentes e agravando ainda mais os conflitos", afirma a publicação.

      O surgimento da OIMed ocorre num momento em que a mediação vem ganhando relevância geopolítica. O Global Times cita como exemplos positivos a reaproximação entre Arábia Saudita e Irã mediada pela China, bem como a da Declaração de Pequim que busca pôr fim à divisão entre organizações palestinas. Tais episódios teriam revelado, na avaliação chinesa, o "grande potencial do diálogo na superação de antagonismos históricos".

      Além do papel diplomático, a OIMed também se alinha aos princípios do direito internacional e à Carta das Nações Unidas, ao propor uma inovação institucional centrada na solução pacífica de disputas. De acordo com o editorial, o novo órgão “complementa e aprimora os mecanismos internacionais existentes” e oferece “flexibilidade, custos mais baixos e implementação mais eficaz”.

      A escolha de Hong Kong como sede da organização também foi destacada como simbólica. A cidade é vista como um exemplo de solução bem-sucedida de controvérsias, no contexto do princípio "um país, dois sistemas", que rege sua relação com a China continental. Combinando tradições do direito civil e do direito consuetudinário, além de possuir ampla experiência jurídica e uma posição estratégica, Hong Kong foi saudada como "um terreno fértil para a construção do Estado de Direito internacional".

      Segundo o editorial, a OIMed representa “uma estrela em ascensão do Estado de Direito internacional” e se junta à “pérola do oriente”, numa metáfora que sugere a sinergia entre a nova instituição e sua cidade anfitriã. “Ela carrega consigo não apenas a necessidade prática de resolver disputas, mas também a busca civilizada pela eliminação de conflitos por meio do diálogo”, reforça o texto.

      O Global Times conclui com um chamado à cooperação internacional: "O crescimento saudável desta semente de paz requer o cuidado e o apoio da comunidade internacional. Convidamos mais países a se unirem para nutri-la".

      Com o surgimento da OIMed, o cenário internacional ganha um novo instrumento de diálogo — capaz de contornar imes jurídicos, diminuir tensões geopolíticas e afirmar um modelo de convivência pautado pela mediação, e não pela imposição. O mundo, cada vez mais polarizado, pode encontrar nesta iniciativa um caminho de reconciliação e construção coletiva de soluções.

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