window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'José Reinaldo', 'page_url': '/mundo/hamas-afirma-estar-disposto-a-retomar-negociacoes-indiretas-e-pressiona-por-cessar-fogo-permanente-em-gaza' });
TV 247 logo
      HOME > Mundo

      Hamas afirma estar disposto a retomar negociações indiretas e pressiona por cessar-fogo permanente em Gaza

      Movimento da Resistência palestina agradece mediação do Catar e Egito e afirma que busca acordo para aliviar crise humanitária, mas Israel mantém ataques

      (Foto: Reuters)
      José Reinaldo avatar
      Conteúdo postado por:

      247 - O Hamas anunciou no domingo (1) que está pronto para iniciar uma nova rodada de negociações indiretas com o objetivo de resolver os "pontos de discórdia" remanescentes na proposta de cessar-fogo apresentada pelos Estados Unidos. A informação foi publicada pelo jornal The Times of Israel, que acompanha de perto os desdobramentos diplomáticos e militares do conflito em Gaza.

      Segundo o comunicado divulgado pelo Hamas, o objetivo das conversas é alcançar “um acordo que garanta alívio para nosso povo e o fim da catástrofe humanitária, levando, em última instância, a um cessar-fogo permanente e à retirada completa das forças de ocupação”. 

      A abertura ao diálogo é vista como um sinal de que há espaço para avanços. Witkoff havia classificado a resposta inicial do Hamas como "totalmente inaceitável" e afirmou que ela “nos leva para trás”. Ainda assim, o diplomata norte-americano ressaltou que a intenção é promover “conversações de proximidade” nos próximos dias, utilizando sua proposta como base.

      O presidente dos EUA, Donald Trump, chegou a declarar na sexta-feira (30) que esperava um acordo “ainda hoje ou no sábado”, criando expectativa por um possível anúncio iminente. No entanto, o ime se aprofundou após o Hamas propor alterações significativas no texto americano.

      De acordo com fontes próximas às negociações, a versão do Hamas estabelece que os 10 reféns israelenses a serem libertados durante a trégua de 60 dias não seriam entregues em dois lotes, como sugerido inicialmente, mas sim ao longo de todo o período. A mudança visa evitar que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, interrompa as negociações após a primeira etapa da libertação, como teria ocorrido durante a trégua anterior, encerrada em março.

      Além disso, o Hamas inseriu cláusulas que dificultariam a retomada dos combates por Israel caso não haja progresso nas negociações durante o período de cessar-fogo. Para analistas, essa é uma forma de pressionar Tel Aviv a assumir compromissos mais concretos com um possível fim definitivo da guerra.

      O comunicado de domingo também agradece aos governos do Egito e do Catar “por seus esforços contínuos para alcançar um cessar-fogo”. Horas antes, os dois países divulgaram nota conjunta defendendo “a intensificação dos esforços para superar os obstáculos enfrentados nas negociações”.

      Em resposta, o gabinete de Netanyahu informou que Israel aceitou a proposta dos EUA, mas ainda não submeteu o plano à votação no Conselho de Ministros. Diversos integrantes da coalizão de extrema direita já se manifestaram contrários ao acordo. O plano americano foi desenvolvido com a participação do Ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, que se reuniu com Witkoff em Washington.

      O cessar-fogo de 60 dias incluiria a libertação de 10 reféns israelenses vivos e a devolução dos corpos de outros 18. Em contrapartida, Israel libertaria 125 palestinos condenados à prisão perpétua, 1.111 detidos em Gaza desde o início do genocídio e os corpos de 180 palestinos. Durante esse período, haveria também discussões sobre a retirada parcial das forças israelenses da Faixa de Gaza.

      Apesar das negociações, a ofensiva militar israelense continua. O ministro da Defesa, Israel Katz, afirmou no domingo que “independentemente de quaisquer negociações”, o exército israelense deve “continuar avançando em Gaza e atingir todos os objetivos”. Após a declaração, o Chefe do Estado-Maior das IDF, tenente-general Eyal Zamir, ordenou a expansão da ofensiva terrestre para outras áreas da Faixa de Gaza.

      O quadro atual é de tensão e expectativa. De um lado, o Hamas acena com disposição para negociar, exigindo garantias para sua população e tentando evitar novos retrocessos. De outro, Israel mantém a ofensiva e enfrenta resistências internas ao acordo. O papel dos mediadores árabes e a pressão internacional serão decisivos para definir os próximos os rumo a uma possível trégua duradoura.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...