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      EUA minam consenso com a China enquanto acusam Pequim de retardar negociações, diz editorial do Global Times

      Em editorial, Global Times denuncia hipocrisia de Washington, que impõe sanções e faz pressões após acordos de cooperação firmados em Genebra

      (Foto: Gerada por IA/DALL-E)
      José Reinaldo avatar
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      247 - Nos últimos dias, autoridades e veículos de imprensa dos Estados Unidos têm insinuado que a China estaria "retardando" as negociações comerciais bilaterais, alimentando o discurso de que “as tensões estão aumentando novamente” entre os dois países. O Wall Street Journal chegou a afirmar que “uma trégua comercial entre os EUA e a China corre o risco de fracassar”. Essas acusações, no entanto, são desmentidas em editorial publicado pelo jornal estatal chinês Global Times nesta terça-feira (3), que atribui a escalada de tensões a ações unilaterais dos EUA e ao descumprimento de compromissos assumidos.

      Segundo o editorial, as pressões exercidas pelos Estados Unidos, inclusive por meio de “manipulação midiática”, ferem diretamente o espírito de cooperação firmado durante a Reunião Econômica e Comercial China-EUA, realizada em Genebra. O texto lembra que a Declaração Conjunta do encontro previa avanço mútuo com base na abertura, respeito e comunicação contínua – princípios que estariam sendo ignorados por Washington.

      “O chamado 'progresso lento' não é causado pelos próprios EUA?”, questiona o Global Times, ao enumerar uma série de medidas adotadas pelo governo norte-americano após a reunião. Entre elas, estão a emissão de novas diretrizes para o controle de exportações de chips de inteligência artificial, restrições à venda de softwares de Automação de Projeto Eletrônico (EDA) à China, e até mesmo a revogação de vistos de estudantes chineses.

      Na última segunda-feira, o Ministério do Comércio da China repudiou formalmente as acusações feitas por autoridades dos EUA e exigiu que Washington “corrija imediatamente suas ações equivocadas” e respeite os compromissos assumidos em Genebra. “Não temos medo dos EUA”, afirma o texto do Global Times. “Mas agimos com boa fé para manter as consultas avançando e contribuir com a estabilidade do sistema comercial global.”

      Para Pequim, a insistência dos EUA em impor barreiras comerciais e utilizar a mídia como instrumento de pressão revela a ausência de compromisso com o espírito do consenso bilateral. “Se continuarem a prejudicar os interesses da China com a mesma abordagem equivocada, inevitavelmente esbarrarão novamente”, adverte o editorial. “A China tem capacidade e confiança suficientes para responder a diversas incertezas.”

      Outro ponto abordado pelo texto diz respeito às acusações de que a China estaria “sufocando” a cadeia global de suprimentos ao controlar minerais estratégicos. O Global Times rebate essas alegações, chamando-as de “dupla moral descarada dos EUA” e denunciando a hipocrisia de um país que “abusa de sanções unilaterais e da jurisdição extraterritorial”. A esse respeito, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China reforçou que as medidas adotadas por Pequim em relação a exportações de terras raras são “consistentes com as práticas internacionais, não discriminatórias e não visam nenhum país específico”.

      O editorial destaca que os acordos firmados em Genebra foram construídos com base em um entendimento fundamental: a necessidade de uma relação comercial bilateral estável e mutuamente benéfica – não apenas para China e EUA, mas para a economia mundial como um todo. “Altos funcionários dos EUA também reconheceram que ‘nenhum dos lados quer uma dissociação’”, lembra o jornal chinês.

      Nesse sentido, o Global Times alerta que, se os EUA realmente desejam estabilidade, devem abandonar sua lógica de soma zero e suas táticas de intimidação. “O que os EUA devem fazer agora é cumprir seus compromissos, em vez de dizer uma coisa e fazer outra.”

      A publicação conclui apontando um sinal claro do interesse mútuo: após a reunião em Genebra, houve aumento expressivo na demanda por transporte marítimo entre China e EUA, puxado por pedidos crescentes de compradores norte-americanos. Para Pequim, esse é mais um indicativo de que a retomada das negociações comerciais entre as duas maiores economias do mundo interessa não apenas aos dois países, mas à comunidade internacional como um todo.

      “Esperamos que os EUA abordem as relações com a China com abertura, inclusão e cooperação”, finaliza o editorial, reiterando que o consenso de Genebra não pode ser descartado em nome de interesses políticos de curto prazo.

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