window.dataLayer = window.dataLayer || []; window.dataLayer.push({ 'event': 'author_view', 'author': 'Bianca Penteado', 'page_url': '/mundo/eua-deixam-de-recomendar-vacina-contra-covid-para-criancas-saudaveis-e-gestantes' });
TV 247 logo
      HOME > Mundo

      EUA deixam de recomendar vacina contra COVID para crianças saudáveis e gestantes

      Vacinas foram removidas do calendário de imunização recomendado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças

      Vacina contra a covid (Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil)
      Bianca Penteado avatar
      Conteúdo postado por:

      (Reuters) – Os Estados Unidos deixaram de recomendar a vacinação rotineira contra a COVID-19 para gestantes e crianças saudáveis, anunciou o secretário de Saúde, Robert F. Kennedy Jr., em uma postagem nas redes sociais na terça-feira, contornando o processo tradicional de recomendação do CDC.

      Kennedy, o comissário da FDA Marty Makary e o diretor dos Institutos Nacionais de Saúde, Jay Bhattacharya, disseram em um vídeo que as vacinas foram removidas do calendário de imunização recomendado pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

      As mudanças vêm uma semana após o anúncio de critérios mais restritivos para aplicação das vacinas contra COVID, limitando-as, na prática, a idosos e pessoas com risco de desenvolver formas graves da doença.

      Tradicionalmente, o Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização do CDC se reúne e vota sobre alterações no calendário de vacinas ou sobre quem deve ser vacinado, antes de o diretor da agência tomar a decisão final. O comitê não votou essas mudanças.

      Kennedy, um cético de longa data em relação às vacinas, cujo departamento supervisiona o CDC, tem reformulado o sistema de saúde dos EUA para se alinhar à meta do presidente Donald Trump de reduzir drasticamente o tamanho do governo federal.

      “No ano ado, o governo Biden incentivou crianças saudáveis a tomarem mais uma dose da vacina contra a COVID, mesmo sem dados clínicos que apoiassem a estratégia de reforço contínuo nesse grupo”, disse Kennedy no vídeo.

      Anteriormente, o CDC, seguindo orientações de especialistas externos, recomendava vacinas atualizadas contra a COVID para todas as pessoas a partir dos seis meses de idade.

      Planos de saúde informaram que estão avaliando as novas orientações regulatórias para definir suas políticas, que geralmente seguem as recomendações do comitê do CDC.

      Um porta-voz da CVS Health disse que a empresa está analisando se serão necessárias mudanças na cobertura dos seguros diante da reavaliação da elegibilidade vacinal pelo governo federal. Já um porta-voz da Blue Cross Blue Shield Association afirmou que benefícios preventivos, como vacinas contra a COVID, são essenciais para manter os pacientes saudáveis.

      “Processo de cabeça para baixo”

      “A recomendação veio diretamente do secretário, então o processo foi completamente invertido”, disse William Schaffner, professor de doenças infecciosas no Centro Médico da Universidade Vanderbilt e consultor do comitê do CDC.

      Schaffner afirmou que o comitê do CDC deveria votar essas questões em uma reunião marcada para junho, e que esperava uma recomendação mais direcionada, em vez de uma indicação universal. “Mas isso parece ter sido um tanto precipitado”, comentou.

      Dorit Reiss, professora de Direito da Universidade da Califórnia em San Francisco, escreveu em uma publicação no Facebook que contornar o comitê pode prejudicar a agência em eventuais processos judiciais.

      Segundo o site do CDC, estudos com centenas de milhares de pessoas no mundo mostram que a vacinação contra a COVID-19 antes e durante a gravidez é segura, eficaz e benéfica tanto para a gestante quanto para o bebê.

      Mas Makary afirmou no vídeo que não há evidências de que crianças saudáveis precisem de vacinas rotineiras contra a COVID. Ele acrescentou que a maioria dos países já deixou de recomendá-las para esse público.

      As fabricantes de vacinas contra COVID, Moderna e Pfizer, não responderam aos pedidos de comentário.

      O Dr. Cody Meissner, professor de pediatria em Dartmouth, que coassinou com Makary um editorial contra o uso de máscaras em crianças durante a pandemia, disse que concorda com a decisão.

      Segundo ele, os EUA deram ênfase exagerada à importância da vacina contra a COVID para crianças pequenas e gestantes, e que as recomendações anteriores foram baseadas em fatores políticos. Ele acrescentou que a gravidade da doença parece ter diminuído entre as crianças com o ar do tempo.

      ❗ Se você tem algum posicionamento a acrescentar nesta matéria ou alguma correção a fazer, entre em contato com [email protected].

      ✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no Telegram do 247 e no canal do 247 no WhatsApp.

      Rumo ao tri: Brasil 247 concorre ao Prêmio iBest 2025 e jornalistas da equipe também disputam categorias

      Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

      Cortes 247

      Relacionados

      Carregando anúncios...
      Carregando anúncios...