China adverte EUA sobre Taiwan, após acusações em cúpula de segurança: "não brinquem com fogo"
Secretário de Defesa dos EUA chamou Pequim de “ameaça à região”; China respondeu com alerta firme e acusou Washington de desestabilizar a Ásia-Pacífico
247 - Em reação a declarações do Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, a China emitiu neste fim de semana um severo alerta a Washington: “não brinquem com fogo” quando o assunto for Taiwan. A resposta foi dada após o discurso de Hegseth no Diálogo de Shangri-Lá, em Cingapura.
De acordo com a Al Jazeera, durante sua participação na cúpula de alto nível no sábado (31), Hegseth acusou Pequim de se preparar “de forma confiável” para uma ação militar voltada a alterar o equilíbrio de poder na Ásia, sugerindo que o governo chinês ensaia uma eventual invasão da ilha de Taiwan. O secretário norte-americano ainda exortou países da região, como a Austrália, a aumentarem seus gastos em defesa diante do que classificou como uma ameaça “real e potencialmente iminente” da China.
Pequim reagiu com rapidez. O Ministério das Relações Exteriores da China reafirmou que Taiwan é uma questão estritamente interna e que qualquer tentativa de interferência externa constitui uma violação inaceitável da soberania chinesa. “Os EUA não devem alimentar ilusões sobre usar a questão de Taiwan como moeda de troca para conter a China, nem devem brincar com fogo”, declarou o governo chinês em nota oficial.
As autoridades chinesas também criticaram o papel dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico, acusando Washington de agravar tensões com o envio de armamentos ofensivos para o Mar do Sul da China. A nota do Ministério descreveu a atuação norte-americana como um fator de risco: “A transformação da região em um barril de pólvora é responsabilidade dos Estados Unidos”.
Taiwan, que possui governo próprio, é considerada por Pequim uma província rebelde, a ser reunificada – inclusive pela força, se necessário. Por outro lado, o governo taiwanês rejeita as reivindicações de soberania chinesa e insiste que apenas os 23 milhões de habitantes da ilha podem decidir seu destino político.
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