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      Haddad diz que reação do mercado 'não foi exagerada' em relação às mudanças no IOF

      Ministro afirma que críticas a mudanças no IOF foram fundamentadas e garante que governo manterá o diálogo com setor financeiro

      Ministro Fernando Haddad 29/01/2025 REUTERS/Adriano Machado (Foto: Adriano Machado / Reuters)
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      247 - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), adotou um tom conciliador nesta sexta-feira (23) ao comentar a reação do mercado financeiro diante das alterações no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) anunciadas na véspera e parcialmente revogadas pelo governo nesta manhã. Em coletiva no escritório da pasta em São Paulo, Haddad assegurou que a equipe econômica está aberta ao diálogo e que, desta vez, a resposta do mercado foi “adequada” ao cenário.

      “Não considerei [a reação] exagerada. Em dezembro, teve aquela reação exagerada [ao pacote fiscal] que depois acomodou, depois que as medidas de novembro foram explicadas”, disse o ministro, de acordo com o Metrópoles. Ele também afirmou que, diferentemente de episódios anteriores, a reação do setor financeiro desta vez foi baseada em informações corretas. “Não houve desinformação. Teve uma reação informando corretamente as implicações, que ensejou a revisão”, explicou.

      O recuo do governo atinge dois pontos centrais. O primeiro diz respeito à aplicação de recursos de fundos nacionais no exterior, que voltará a ser isenta de IOF — a proposta anunciada previa uma taxação de 3,5%. O segundo envolve as remessas feitas por pessoas físicas para fora do país, que continuarão com alíquota de 1,1% para fins de investimento, sem alterações.

      Segundo Haddad, a decisão de rever parte das medidas foi tomada após ouvir agentes de mercado que apontaram possíveis distorções provocadas pelas novas regras. “A Fazenda faz isso rotineiramente. Estamos a todo tempo revendo normas regulatórias para melhorar o ambiente de negócios”, afirmou. O ministro acrescentou que “não temos nenhum problema em corrigir a rota desde que o rumo traçado pelo governo seja mantido, de reforçar o arcabouço fiscal”.

      O decreto que alterava o IOF foi apresentado como uma medida arrecadatória robusta: a expectativa era levantar R$ 20,5 bilhões em 2025 e R$ 41 bilhões em 2026 — um total de R$ 61,5 bilhões em dois anos. Contudo, a repercussão negativa fez o governo voltar atrás. Na quinta-feira (22), o índice Ibovespa fechou em queda de 0,44%, aos 137,2 mil pontos, enquanto o dólar teve alta de 0,32%, encerrando o dia cotado a R$ 5,66.

      Apesar da correção de rumo, Haddad reforçou o compromisso da gestão Lula com a responsabilidade fiscal. “Vamos continuar abertos ao diálogo sem nenhum tipo de problema e contamos com a colaboração dos nossos parceiros”, concluiu.

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