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      Azul pede recuperação judicial nos EUA

      Após rebaixamento da S&P e mudança de recomendação de analistas, companhia aérea segue caminho semelhante ao da Gol e deve recorrer ao Chapter 11

      Aeronave da Azul no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo (Foto: Amanda Perobelli / Reuters)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – A companhia aérea Azul entrou com solicitação de recuperação judicial nos Estados Unidos, por meio do mecanismo conhecido como Chapter 11, segundo reportagem do Estado de S. Paulo. O pedido marca uma mudança de rumo importante na estratégia da empresa, que até recentemente afirmava não ter necessidade de reestruturação judicial.

      Em outubro do ano ado, a Azul havia anunciado um plano de reorganização financeira fora dos tribunais. Na ocasião, em entrevista ao Estadão/Broadcast, o CEO da empresa, John Rodgerson, afirmou: “Não temos outros problemas que normalmente levam as empresas para recuperação judicial”. A fala refletia a intenção da companhia de evitar os trâmites do sistema jurídico norte-americano para lidar com sua dívida.

      Contudo, o cenário se agravou nos últimos meses. Na semana ada, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings reduziu a nota da Azul de CCC+ para CCC-, sinalizando risco mais elevado de inadimplência. Dois dias depois, na segunda-feira, 26 de maio, Ágora Investimentos e Bradesco BBI rebaixaram sua recomendação para as ações da Azul (AZUL4) de “compra” para “neutra”. O principal temor dos analistas era justamente a necessidade de uma nova reestruturação da dívida, que poderia culminar em um pedido de recuperação judicial.

      A decisão da Azul segue trajetória semelhante à da concorrente Gol Linhas Aéreas, que recentemente obteve aprovação da Justiça dos Estados Unidos para sair do Chapter 11. A audiência que deliberou sobre o caso da Gol ocorreu no dia 20 de maio, em Nova York, e contou com mais de 100 participantes — mais de 60 deles presencialmente, incluindo credores e assessores jurídicos. Após a aprovação, as ações da Gol na B3, a bolsa brasileira, subiram 12,09% e fecharam cotadas a R$ 1,02, figurando entre os maiores ganhos do dia.

      Ainda antes do pedido formal de recuperação, a Azul anunciou um acordo com credores para levantar até US$ 500 milhões em novos financiamentos, o que pode oferecer fôlego à sua reestruturação. Esse movimento indica que, mesmo com a formalização do pedido de Chapter 11, a empresa busca preservar sua operação e manter o compromisso com clientes e fornecedores.

      A crise na Azul também reflete as dificuldades estruturais enfrentadas pelo setor de aviação no Brasil. Uma das carências apontadas por analistas é a falta de mão de obra qualificada em áreas estratégicas, o que compromete a capacidade operacional das empresas e acentua os riscos em períodos de turbulência financeira.

      Com o pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, a Azul a a integrar o grupo de companhias aéreas brasileiras que, em meio a dificuldades econômicas e cambiais, recorrem ao sistema jurídico norte-americano como caminho para reorganizar suas dívidas e preservar suas atividades.

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