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      STF ouve testemunhas de Augusto Heleno em inquérito que apura tentativa de golpe de Estado

      Supremo retoma oitiva de testemunhas e, nesta semana, ouvirá pessoas indicadas pela defesa do general Augusto Heleno, ex-ministro do GSI de Bolsonaro

      Jair Bolsonaro e General Augusto Heleno (Foto: Carolina Antunes/PR)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta segunda-feira (26) a oitiva de testemunhas no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado liderada por Jair Bolsonaro (PL) após a derrota nas eleições de 2022. 

      Nesta nova fase, segundo o g1, a Corte ouvirá pessoas indicadas pela defesa do general da reserva Augusto Heleno, que foi chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Bolsonaro. Ele é apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos principais articuladores do plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

      Na última sexta-feira (23), o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, colheu os depoimentos das primeiras testemunhas ligadas à defesa de Heleno, entre elas o senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão. A partir desta segunda-feira, mais dez pessoas devem ser ouvidas.

      Lista de testemunhas inclui militares e ex-ministro - Entre os nomes previstos para prestar depoimento estão o general Carlos José Russo Penteado, o brigadeiro Osmar Lootens Machado, o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e o coronel Amilton Coutinho Ramos, que era assessor especial do GSI. Também prestarão depoimento outros oficiais das Forças Armadas e ex-assessores do governo Bolsonaro.

      Segundo a PGR, o general Augusto Heleno faz parte de um “núcleo central” da organização criminosa ao lado de Jair Bolsonaro e do ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto. Todos respondem pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

      A denúncia da PGR, apresentada em 26 de março, envolve 34 pessoas e afirma que o grupo tentou, de forma coordenada, impedir a efetivação do resultado das eleições presidenciais. A acusação detalha que a articulação previa mobilizações militares, ações de desinformação e o uso da máquina estatal para desacreditar o processo eleitoral.

      Manuscritos encontrados na casa de Heleno indicam plano contra as urnas - De acordo com o material reunido na investigação, foram encontrados na residência de Augusto Heleno documentos manuscritos com o planejamento para lançar suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas. Uma das anotações estava registrada em uma agenda com a logomarca da Caixa Econômica Federal, o que reforça, segundo os investigadores, a premeditação das ações.

      Ex-comandantes das Forças confirmam envolvimento de Bolsonaro - Na semana anterior, o STF ouviu testemunhas de acusação indicadas pela própria PGR. Entre elas estavam o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Baptista Júnior. Ambos confirmaram que Bolsonaro tinha conhecimento de que não havia fraudes nas eleições e, mesmo assim, insistiu em questionar os resultados.

      Questionado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, Baptista Júnior foi direto: “sim, [Bolsonaro foi informado disso] através do ministro da Defesa. Além de reuniões que eu falei, o ministro da Defesa que despachava sobre esse assunto”.

      O ex-comandante da Aeronáutica também relatou que o ex-presidente tentou interferir na divulgação do relatório das Forças Armadas que atestava a regularidade das urnas. “Sim. O relatório foi entregue no dia 9. Eu ouvi que sim [Bolsonaro pressionou pelo adiamento da divulgação], certamente outras testemunhas poderão dar isso com mais precisão”.

      PRF também foi orientada a interferir nas eleições - Outro depoimento relevante foi o do ex-coordenador de inteligência da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Adiel Pereira Alcântara. Ele afirmou que recebeu uma ordem direta do então diretor de operações da corporação, Djairlon Henrique Moura, para que a inteligência da PRF adotasse postura ativa durante o processo eleitoral, reforçando abordagens de ônibus e vans, especialmente no dia da votação.

      Segundo Adiel, a orientação foi clara: a PRF deveria “tomar um lado”, por ordem do então diretor-geral da instituição.

      As oitivas das testemunhas no Supremo devem seguir até o dia 2 de junho. Ao todo, 82 pessoas foram arroladas no processo — embora nem todas estejam obrigadas a comparecer.

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