José Dirceu declara apoio a Edinho Silva e convoca militância petista para eleições do PT
Em carta aberta, ex-ministro exalta unidade partidária e defende renovação política no partido
247 - Às vésperas das eleições internas do Partido dos Trabalhadores (PT), o ex-ministro José Dirceu divulgou neste sábado (25) uma carta aberta à militância petista, na qual oficializa apoio à candidatura de Edinho Silva à presidência da sigla. A eleição ocorrerá no dia 6 de julho por meio do Processo de Eleições Diretas (PED).
Dirceu afirma que o momento atual exige unidade: “O momento político exige de nós a luta pela unidade da CNB e do PT, na sua diversidade e no seu pluralismo, além da construção de uma maioria que vá além da CNB e assegure ao partido a governabilidade nos próximos quatro anos.”
Ao justificar o apoio a Edinho Silva, o ex-ministro traça um panorama da trajetória política do atual prefeito de Araraquara, mencionando desde seu ado como operário até sua experiência em governos e no Parlamento. “O apoio à candidatura do companheiro Edinho Silva, de início dentro da CNB e agora no PED, baseia-se na legitimidade e na sua experiência como vereador, deputado estadual, presidente duas vezes do PT paulista, quatro vezes prefeito e ministro de Estado no Governo da presidenta Dilma.”
Dirceu também menciona os adversários internos na disputa pela presidência do partido: “Essa unidade se expressa na participação de todas as correntes e tendências políticas na direção nacional e em sua executiva, e no reconhecimento das candidaturas, todas representativas e legítimas: o companheiro Rui Falcão [...], Romênio Pereira [...], e, por fim, Valter Pomar [...].”
Em um trecho mais crítico da carta, Dirceu afirma: “Temos a tarefa de praticamente reconstruir o PT depois de uma década de ataque frontal, de perseguição e mesmo tentativas de cassação de nosso registro, sem falar no golpe parlamentar-jurídico que sequestrou o mandato da nossa presidenta Dilma e da infame prisão do nosso companheiro Lula num processo ilegal, sumário e político, felizmente já anulado pelo Supremo Tribunal Federal.”
O ex-ministro defende uma frente mais ampla para enfrentar a extrema-direita, além de reformas estruturais. “A conjuntura e as condições que governamos exigem de nós a capacidade de fazer alianças mais amplas que a centro-esquerda, mas ao mesmo tempo criar as condições de mobilização popular, social e sindical para fazer avançar as reformas estruturais que o país reclama: a política, tributária e financeira.”
Ele também propõe mudanças internas no partido: “Nosso PT se autorreforme para retomar a capacidade de mobilização, recriando nossas sedes, nos emponderando nas redes, expandindo a formação política via EAD, ampliando e refazendo nossas relações com os movimentos sociais e nossas campanhas nacionais.”
No encerramento, Dirceu faz um apelo à participação da base: “Convido filiados e filiadas do PT, nossa brava e guerreira militância, a participar do PED, na construção das chapas, no debate político e votando no próximo dia 6 de julho. Vamos dar uma demonstração da força de nossa democracia interna e de nossa capacidade de unir o PT na diversidade e na pluralidade, para reeleger nosso presidente Lula em 2026 e dar continuidade ao nosso projeto político em defesa do Brasil democrático e popular.”
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