Ataques de Israel a Gaza são genocídio e vingança, diz Lula
"Essa guerra nem o povo judeu quer", disse o presidente brasileiro
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou duramente Israel pelos ataques à Faixa de Gaza, classificando a guerra de "genocídio" e "vingança", além de ler na íntegra, em discurso na convenção nacional do PSB neste domingo, uma dura nota do Itamaraty condenando os novos assentamentos israelenses na Cisjordânia.
"Essa guerra nem o povo judeu quer. A maioria do povo judeu não concorda com essa guerra. É uma vingança de um governo contra à possibilidade de criação do Estado Palestino. O que estamos vendo não é guerra de dois exércitos. É um exército totalmente profissional matando mulheres e crianças na faixa de Gaza. Não é uma guerra, é um genocídio", disse Lula.
Mais cedo, em uma nota diplomaticamente dura aprovada de antemão pelo presidente, o Itamaraty condenou o anúncio de Israel de que irá criar mais 22 assentamentos nas terras palestinas da Cisjordânia, apontando uma "flagrante ilegalidade" e violação do direito internacional.
"O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados", diz o texto.
O texto cita ainda um parecer da Corte Internacional de Justiça de Haia que considerou ilícita a contínua presença de Israel no território palestino ocupado e afirmou que o país deve parar de promover assentamentos e retirar os israelenses da Cisjordânia.
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