Temendo o inquérito da trama golpista, Eduardo Bolsonaro diz que 'não é lambe-botas de Donald Trump' e volta a atacar Moraes
O deputado tenta tirar a credibilidade do STF, que tornou Jair Bolsonaro e dezenas de outros réus na investigação sobre tentativa de ruptura institucional
247 - O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) negou atuar contra os interesses nacionais em suas atuações políticas nos Estados Unidos. O parlamentar foi aos EUA estreitar ligações com a extrema-direita e defender sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito da trama golpista na Corte, que tornou 31 réus na investigação, entre eles Jair Bolsonaro (PL).
"Não sou lambe-botas do Trump, mas do Brasil não tem como lutar contra o ativismo judicial", disse Eduardo à coluna assinada por Mariana Sanches. “Se precisar renunciar ao meu mandato para me manter nos Estados Unidos, eu farei isso. Estou seguro porque estou nos Estados Unidos, inalcançável às garras do Moraes".
O deputado Eduardo Bolsonaro comentou sobre possíveis sanções contra Moraes defendidas por aliados do governo Donald Trump nos EUA. "A gente não pode dar tantos detalhes, com tanta profundidade, mas está na Casa Branca, está no Congresso, está indo adiante”, continuou.
“Alexandre de Moraes e as autoridades brasileiras fizeram questão de ignorar o alerta das autoridades americanas. É por isso que agora ele está colhendo os frutos da sua própria conduta, do seu próprio trabalho. O que eu faço aqui é tão simplesmente levar ao conhecimento das autoridades americanas todos esses fatos".

O ministro Alexandre de Moraes, alvo da extrema-direita bolsonarista, é o relator do inquérito da trama golpista. O STF tornou 31 réus na investigação. Um deles é Jair Bolsonaro (PL). O filho dele não responde a ação penal sobre a tentativa de ruptura institucional.
O magistrado também atuou em investigações sobre a produção e a propagação de fake news. Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral condenou Jair Bolsonaro à inelegibilidade. Os motivos foram notícias falsas e declarações golpistas em 2022, quando ele afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não tem segurança contra fraudes.
O PL, partido de Eduardo Bolsonaro, também foi multado em quase R$ 23 milhões em 2022. A legenda questionou a confiança das urnas eletrônicas, ao dizer que elas não eram auditáveis.
Além do inquérito da trama golpista, Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal em mais duas investigações - fraudes em cartões de vacinação, e compra e venda ilegal de joias, que, por lei, devem pertencer ao Estado brasileiro, não podendo ser incorporadas a patrimônio pessoal.
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