Ricardo Nunes contesta ação do STF sobre muro na cracolândia e critica atuação do Psol:“perda de tempo”
Prefeito de São Paulo nega ter sido notificado oficialmente e defende permanência da estrutura, alegando segurança pública
247 - O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou nesta sexta-feira (27) que não recebeu nenhuma notificação formal do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da construção de um muro na região conhecida como cracolândia. A declaração foi feita após o ministro Alexandre de Moraes, atendendo a uma solicitação do PSOL, exigir explicações da prefeitura em um prazo de 24 horas. As informações são do jornal O Globo.
A estrutura de alvenaria, erguida em maio do ano ado na Rua General Couto Magalhães, no centro da capital paulista, possui cerca de 40 metros de comprimento e 2,5 metros de altura. Segundo a prefeitura, o muro foi construído por razões de segurança, substituindo tapumes metálicos que já existiam no local. No entanto, parlamentares do PSOL argumentam que a barreira restringe a circulação de pessoas em situação de vulnerabilidade social, violando direitos fundamentais.
Durante coletiva de imprensa, Nunes minimizou o tema e questionou a atuação da Corte Suprema: “Não recebi a notificação ainda, estou aguardando. Não sei se é verdade que um ministro do Supremo enviou um ofício ao prefeito de São Paulo perguntando sobre um muro”, disse o prefeito. Nunes também criticou a postura do PSOL ao acionar o STF. “As pessoas estão muito desocupadas, ficam criando coisas. A gente perde tempo com essas questões do Psol”, declarou.
O prefeito reforçou que a estrutura foi construída com base em critérios de segurança e não tem impacto nas ações sociais desenvolvidas na região. Segundo ele, a prefeitura continua promovendo atendimentos de saúde e assistência social para a população vulnerável.
“Não há fundamento para qualquer decisão judicial. Qual seria a decisão? Voltar com tapume? Isso não faz sentido”, afirmou Nunes. Para o prefeito, a instalação do muro contribuiu para reduzir a concentração de pessoas na área: “Se tem algo positivo nisso, é que hoje há bem menos pessoas naquele local”, concluiu.
Em nota oficial, a Prefeitura de São Paulo afirmou que responderá formalmente ao STF assim que for oficialmente notificada, respeitando o prazo legal.
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