Reconhecimentos de emergência, atuação antecipada e Defesa Civil Alerta fortalecem resposta e protegem população no RJ

247 - As fortes chuvas que atingem o estado do Rio de Janeiro levaram o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) a reconhecer, de forma sumária, a situação de emergência nos municípios de Angra dos Reis e Petrópolis. A decisão foi publicada no último domingo (6), no Diário Oficial da União, por meio das portarias nº 1.097 e nº 1.098, conforme divulgado pela Defesa Civil Nacional.

Com o reconhecimento, as prefeituras já estão autorizadas a solicitar apoio financeiro do governo Lula (PT) para ações de resposta a desastres, como a distribuição de cestas básicas, água potável, refeições para trabalhadores e voluntários, além de kits de limpeza, higiene e dormitório.

Atuação preventiva e coordenação direta - O MIDR, por meio da Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec), vem atuando desde os primeiros alertas de chuva extrema, emitidos no dia 1º de abril. O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, viajou ao Rio de Janeiro para coordenar os trabalhos junto às autoridades estaduais e municipais.

“Desde o dia 1º de abril, quando os meteorologistas deram o alerta de chuvas extremas, o Cenad elevou o nível de atenção para o estado. No dia 3, reunimos mais de 250 técnicos das defesas civis estadual e municipais do Rio de Janeiro para planejar a resposta ao evento climático que se aproximava”, relatou Wolff.

Sistema de alertas no celular evita tragédias maiores - Uma das ferramentas que têm sido fundamentais para salvar vidas é o sistema Defesa Civil Alerta, que envia mensagens diretamente para os celulares cadastrados nas regiões de risco. A tecnologia viabilizou evacuações antecipadas em Angra dos Reis, Petrópolis e Mimoso do Sul, antes que os piores efeitos das chuvas fossem registrados.

Em Guapimirim, município da Baixada Fluminense, o subsecretário da Defesa Civil, Matheus Lopes, reforçou a importância do recurso digital para mobilizar a população. “O sistema foi fundamental para alertar a população de forma imediata. Quem recebeu a mensagem já começou a se preparar para sair. Isso reduziu muito a resistência e permitiu uma evacuação quase total”, afirmou.

o rápido a recursos e reconstrução - Com o reconhecimento da situação de emergência, as cidades atingidas podem formalizar, através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), os pedidos de ajuda financeira ao MIDR. Os planos de trabalho apresentados são analisados por uma equipe técnica, que avalia os valores e metas antes da liberação oficial dos recursos por meio de nova portaria no Diário Oficial.

Além da resposta imediata, o governo federal também atua em ações de reconstrução, como a recuperação de moradias, pontilhões e infraestrutura danificada. Em áreas como o Rio de Janeiro, onde há alta incidência de deslizamentos, os desastres tendem a ser mais localizados, porém extremamente perigosos.

Investimentos federais nos municípios fluminenses - Entre 2022 e o início de abril de 2025, o MIDR já reou R$ 73,6 milhões para ações emergenciais e de restabelecimento, além de R$ 59,9 milhões voltados à reconstrução em regiões fluminenses afetadas por eventos climáticos extremos. Somente entre 2023 e 2024, aproximadamente R$ 14,6 milhões foram investidos em 12 municípios do estado.

Os recursos cobriram despesas com alimentação, abrigamento, transporte, kits de higiene e água potável para os moradores impactados pelas tragédias.