PF investiga compra de votos com consultas médicas em cidades do Rio

247 - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (20) uma operação para combater esquemas de corrupção eleitoral ocorridos durante as eleições municipais de 2024 nas cidades de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos por agentes federais em endereços ligados aos investigados, incluindo residências e as Câmaras de Vereadores dos dois municípios. As ordens judiciais foram emitidas pela Justiça Eleitoral com base em indícios colhidos desde o primeiro turno do pleito.

Ao todo, sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos por agentes federais em endereços ligados aos investigados, incluindo residências e as Câmaras de Vereadores dos dois municípios. As ordens judiciais foram emitidas pela Justiça Eleitoral com base em indícios colhidos desde o primeiro turno do pleito.

Em Cabo Frio, o inquérito teve início no próprio dia do primeiro turno, quando cabos eleitorais de um candidato a vereador — que acabou eleito — foram levados à delegacia da PF sob suspeita de compra de votos. Com eles, os policiais apreenderam santinhos e uma quantia em dinheiro trocada em cédulas de R$ 100.

As investigações revelaram conversas que evidenciam a troca de favores por votos, especialmente envolvendo o agendamento de consultas médicas em um hospital municipal. Segundo a PF, um enfermeiro da unidade estaria intermediando os agendamentos como forma de garantir apoio eleitoral ao candidato.

Em São Pedro da Aldeia, outro caso foi registrado também no primeiro turno. Um eleitor foi flagrado gravando seu próprio voto na urna eletrônica, ato proibido pela legislação. De acordo com a investigação, a gravação foi solicitada por um cabo eleitoral de um candidato a vereador — igualmente eleito — como forma de comprovação do voto prometido em troca de R$ 100.

As mensagens interceptadas pela PF detalham todo o acerto, desde a exigência da gravação até a promessa de pagamento a ser efetuado no comitê de campanha do candidato, localizado no bairro Mossoró.

A Polícia Federal informou que os envolvidos poderão ser responsabilizados por corrupção eleitoral e outros crimes que eventualmente sejam identificados durante o curso das investigações.