Morte de empresário encontrado em buraco em Interlagos ainda é um mistério para a polícia
Adalberto Amarilio dos Santos Junior foi visto pela última vez a caminho do estacionamento; corpo foi achado em buraco de obra no Autódromo
247 - A Polícia Civil de São Paulo segue investigando as circunstâncias da morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 36 anos, cujo corpo foi encontrado na última terça-feira (3) em uma área isolada por tapumes, dentro de um buraco de obra no Autódromo de Interlagos, na zona sul da capital. O caso, cercado de incertezas, ganhou novos contornos com depoimentos de amigos e familiares obtidos pela CNN Brasil.
Adalberto havia desaparecido quatro dias antes, após participar de um evento de motociclistas no autódromo. A última vez que foi visto, ele se dirigia ao estacionamento, por volta das 19h40, após se despedir dos amigos. Ainda enviou uma mensagem à esposa, mas não chegou ao carro — onde estavam sua blusa e carregador, intactos, indicando que ele sequer entrou no veículo.
O corpo foi encontrado em pé, sem calça e sem tênis, mas com o capacete e o celular ainda próximos. A cena, segundo os investigadores, chamou a atenção pelo posicionamento do corpo e por detalhes ainda não esclarecidos. A polícia afirmou que a calça encontrada próxima ao local "não era dele".
“Pessoa tranquila e sem inimigos”
Familiares e amigos próximos descartam a hipótese de conflitos pessoais. “Ele era uma pessoa muito tranquila, brincalhona, de uma ótima relação com a família e com a esposa”, contou um primo. Os depoimentos ressaltam que Adalberto era reservado, mantinha poucos amigos e não tinha histórico de sumiços anteriores.
Outro amigo destacou que o empresário não fazia uso de drogas e consumia álcool apenas socialmente — uma afirmação que, mais adiante, ganha nuances.
Situação financeira confortável
A esposa do empresário relatou que ele era proprietário de três óticas registradas em seu nome e possuía cerca de R$ 1 milhão em conta empresarial. O casal vivia em uma casa avaliada em R$ 2,5 milhões em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, além de manter um apartamento alugado em Cotia. Eles também eram donos de veículos de alto valor, incluindo uma motocicleta BMW GS850.
Álcool, maconha e comportamento alterado
Um dos pontos mais delicados do inquérito veio com o depoimento de Rafael Aliste, amigo que acompanhava Adalberto no evento. Ele contou à polícia que o empresário estava agitado após consumir cerca de oito copos de cerveja e fumar maconha fornecida por pessoas desconhecidas no local.
Segundo Rafael, os dois assistiram a um show no encerramento da exposição de motos. Ele afirmou que Adalberto estava mais inquieto do que o habitual e não houve qualquer desentendimento naquela noite. “Ele estava mais agitado do que o normal”, relatou, atribuindo o comportamento à combinação de álcool e droga.
Rafael disse ainda que só soube do desaparecimento na madrugada seguinte, ao receber ligações da esposa de Adalberto.
Linhas de investigação
A Polícia Civil segue apurando se houve participação de terceiros, negligência na segurança do evento ou causas acidentais na morte. A Delegacia de Homicídios está à frente do caso, e a principal linha de investigação ainda é mantida em sigilo.
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