Lewandowski se encontra com pai de estudante de medicina morto por PM em São Paulo
Reunião foi agendada a pedido dos familiares da vítima, que buscam justiça e esclarecimentos sobre a morte do jovem estudante de medicina
247 - O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, se encontrará nesta quinta-feira (16) com o médico Julio César Acosta Navarro, 59, pai de Marco Aurélio Cárdenas Acosta, 22, morto em novembro do ano ado por um policial militar em São Paulo. A reunião, segundo a coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, foi agendada a pedido dos familiares da vítima, que buscam justiça e esclarecimentos sobre a morte do jovem estudante de medicina.
Em coletiva de imprensa realizada na casa da família no dia 8 de janeiro, Julio César e Sílvia Mónica Cárdenas Prado, 55, mãe de Marco Aurélio, expressaram forte indignação e criticaram a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do secretário da Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite, apontando uma falha no controle da Polícia Militar. “Eu quero justiça, eu quero desse miserável do Tarcísio ao menos um pedido de desculpas”, disse Silvia, visivelmente emocionada.
Na segunda-feira (13), o governador se posicionou sobre as críticas, afirmando compreender a dor dos pais da vítima. "Acho que no lugar deles eu estaria procedendo da mesma forma. Existe um desejo de ver justiça, eu acho que essa justiça tem que acontecer e vai acontecer, porque os responsáveis serão apresentados à Justiça, irão a julgamento", afirmou Tarcísio em entrevista no aeroporto de Guarulhos. Contudo, o governador ainda não procurou diretamente os pais de Marco Aurélio.
A reportagem destaca ainda, que a Justiça negou o pedido de prisão preventiva do policial militar Guilherme Augusto Macedo, autor do disparo que matou Marco Aurélio. Contudo, em decisão de 13 de janeiro, a juíza Luciana Menezes Scorza aceitou a denúncia e tornou Macedo e o PM Bruno Carvalho do Prado réus por homicídio doloso. O caso será julgado no Tribunal do Júri.
As imagens das câmeras corporais dos policiais mostram que os agentes seguiram o estudante após ele dar um tapa no retrovisor de uma viatura na avenida Conselheiro Rodrigues Alves, na Vila Mariana, zona sul da capital paulista. Marco Aurélio, que estava sem camisa, usando calça jeans e chinelos, foi perseguido até o hotel onde estava hospedado. Já sem saída, foi baleado na barriga e, mesmo ferido, foi ameaçado novamente pelos policiais. As imagens indicam que o jovem estava desarmado e não ofereceu resistência.
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