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      Estudante de medicina é acusado de matar a mãe atropelada intencionalmente no RJ

      A investigação revelou que o acusado vinha agredindo e ameaçando a mãe em ocasiões anteriores

      (Foto: Reprodução)

      247 - Em um caso que chocou a cidade de Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, a Polícia Civil concluiu que o estudante de medicina Carlos Eduardo Tavares de Aquino Cardoso, de 32 anos, agiu com intenção ao atropelar e matar a própria mãe, Eliana de Lima Tavares, de 58 anos. Segundo apuração do G1, o Ministério Público já apresentou a denúncia de feminicídio, e Carlos Eduardo deve responder ainda por lesão corporal contra outras cinco pessoas atingidas durante a fuga. O crime, ocorrido no final de outubro, foi acompanhado de uma série de agressões registradas em vídeo, onde o acusado aparece ofendendo e ameaçando a mãe, dizendo frases como: "Morre logo, sua desgraçada! Morre logo, desgraçada!"

      O delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pela investigação, destacou que houve um longo trabalho para comprovar que a ação foi deliberada. “O nosso maior desafio foi, justamente, comprovar o elemento subjetivo, a intenção, o dolo da conduta dele. Porque, inicialmente, se apresentava como um acidente de trânsito, mas, na verdade, verificamos depois seis fatores que a gente colocou na investigação que comprovam que ele agiu com vontade de matar essa mãe", afirmou o delegado.

      Histórico de agressões e uso de drogas

      A investigação revelou que o acusado vinha agredindo e ameaçando a mãe em ocasiões anteriores, comportamento que era reforçado pelo uso de substâncias como cocaína e maconha. Na véspera do atropelamento fatal, testemunhas confirmaram que Carlos Eduardo ou a tarde consumindo drogas e, por volta das 18h30, pediu dinheiro à mãe sob o pretexto de comprar açaí e cigarro. Posteriormente, pegou emprestado o carro do pai, foi até a comunidade Tira-Gosto para adquirir mais entorpecentes e, ao retornar, avistou a mãe circulando pela Avenida Francisco Lamego em sua bicicleta elétrica. Foi nesse momento que, segundo a polícia, ele teria acelerado o veículo diretamente contra ela, atropelando-a pelas costas. “Fatores como a utilização do veículo de forma anormal pouco antes do acidente (...) a questão de tentar fugir do local do crime (...) nos levaram a crer que ele realmente agiu dessa forma”, acrescentou o delegado Guimarães.

      Provas e denúncia de feminicídio

      Além do testemunho de vizinhos e familiares, que relataram constantes abusos e agressões verbais por parte do acusado, a polícia também ressaltou a frieza de Carlos Eduardo durante e após o atropelamento. “O menosprezo pela condição de mulher da mãe, que viu a mãe morta ali e sequer esboçou qualquer tipo de sentimento daquilo tudo (...) levou a investigação no caminho do dolo”, explicou o delegado. Entre os elementos que reforçaram a acusação, estão o fato de o crime ter ocorrido em uma área com boa iluminação e a visibilidade da bicicleta amarela da vítima, conhecida na região como de uso exclusivo dela, algo que o acusado certamente sabia.

      Consequências e andamento judicial

      O Ministério Público formalizou a denúncia por feminicídio e outras cinco lesões corporais culposas devido aos ferimentos causados durante a tentativa de fuga, que resultou em uma colisão com outro veículo, ferindo cinco pessoas. Carlos Eduardo responderá também por conduzir veículo sob efeito de substâncias ilícitas. Desde o ocorrido, ele está preso em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. A defesa de Carlos Eduardo, inicialmente assumida pelo advogado Márcio Marques, foi retirada do caso após a audiência de custódia, e o G1 aguarda resposta de novos representantes legais para mais posicionamentos sobre a acusação.

      O crime levanta discussões sobre a violência doméstica e os efeitos do abuso de drogas, reforçando a necessidade de medidas de proteção e apoio a vítimas em situações de vulnerabilidade nas famílias.

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