Empresário encontrado em buraco de obra em Interlagos misturou maconha e álcool antes de desaparecer, diz amigo

247 - A morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Junior, de 35 anos, encontrado em um buraco de obra dentro do Autódromo de Interlagos, na zona sul de São Paulo, ainda intriga a polícia. Segundo revelou a CNN Brasil, um amigo da vítima relatou em depoimento que os dois haviam consumido cerveja e maconha durante o evento, pouco antes do desaparecimento.Rafael Aliste, amigo próximo de Adalberto, contou à Polícia Civil que ambos assistiram a um show ao fim de uma exposição de motocicletas no autódromo. Durante o evento, segundo ele, consumiram cerca de oito copos de cerveja e maconha fornecida por desconhecidos. “Ele estava mais agitado do que o normal ao misturar a cerveja com a droga”, declarou Rafael no depoimento, ao ser questionado sobre o estado do empresário naquela noite.

Ainda de acordo com o amigo, por volta das 21h15, Adalberto se despediu alegando que precisava ir embora para jantar com a esposa. Não houve brigas, discussões ou qualquer incidente aparente entre eles, segundo Rafael, que só soube do desaparecimento horas depois, quando foi procurado pela companheira da vítima, durante a madrugada.O corpo do empresário foi encontrado três dias depois, na manhã da última terça-feira (3), por um funcionário que trabalhava na área de obras do autódromo. Ele estava em pé, dentro de um buraco de aproximadamente três metros de profundidade por 50 centímetros de largura. Adalberto vestia apenas a parte de cima da roupa e estava sem calça e sem tênis. O capacete e o celular estavam ao lado do corpo.Adalberto era proprietário de uma ótica em Osasco e fã de automobilismo. Tinha comparecido ao evento no autódromo, que se estendeu até domingo (1º). A última mensagem que enviou à esposa foi registrada às 19h40 da sexta-feira (30), no mesmo dia em que desapareceu.

A Prefeitura de São Paulo informou que a área onde o corpo foi localizado estava devidamente sinalizada e isolada. Apesar disso, as circunstâncias da morte permanecem sem explicação. Segundo a Polícia Civil, não foram identificados sinais visíveis de violência no corpo, e o caso segue sendo investigado como morte suspeita.O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), por meio da Delegacia de Pessoas Desaparecidas, está analisando imagens das câmeras de segurança do autódromo, além de ouvir familiares, amigos e testemunhas para tentar determinar se houve acidente, negligência ou crime.Enquanto aguarda a divulgação do laudo oficial da causa da morte, a família cobra respostas. Em publicação nas redes sociais, a esposa do empresário desabafou: “Pior notícia da minha vida”.2/2