Deputada estadual Beatriz Cerqueira denuncia pastor da Igreja da Lagoinha por incitação a crime sexual
Denúncia foi protocolada no Ministério Público de Minas Gerais nesta terça-feira (7)
247 - A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) apresentou ao Ministério Público de Minas Gerais, por meio da 23ª Promotoria (Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes), denúncia de fato contra Lúcio Barreto Júnior, pastor da Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.
Na denúncia, a deputada solicita ao Ministério Público que investigue a prática de incitação ao crime sexual contra vulnerável. O documento cita vídeo, postado na plataforma YouTube, em 18 de abril deste ano, e amplamente divulgado, em que Lucinho Barreto declarou que beijou sua própria filha, menor de idade, na boca e se referiu a ela com palavras de cunho sexualizado.
A denúncia apresenta transcrição da fala do pastor: "peguei minha filha um dia, dei beijo nela e falei que amava ela. Ela ava, eu falava: 'nossa, que mulherão. Ai se eu te pego'. Ela falava: 'credo, pai, você já é da mamãe'. Aí, dava beijo nela. Um dia, ela distraiu e eu dei um beijo na boca dela. Ela disse: 'que isso, pai"> if (googletag && googletag.apiReady) { googletag.cmd.push(() => { googletag.display(id); }); }
A denúncia ainda afirma que “não se pode permitir que pessoas que ocupam posição de liderança e formação, orientem posições equivocadas que possam coadunar com o aumento da violência sexual infantil” e ressalta o arcabouço legal: o artigo 287 do Código Penal Brasileiro, que condena a prática de apologia ao crime, prevendo pena de três a seis meses de reclusão ou multa, para quem incitar, publicamente, a prática de crime, e o artigo 218-B do Código Penal Brasileiro, que tipifica como crime sexual contra vulnerável a indução à exploração sexual contra menores de 18 anos, prevendo pena de reclusão de quatro a dez anos.
Beatriz Cerqueira finaliza sua denúncia, afirmando ao Ministério Público a importância da apuração dos fatos e responsabilização de Lúcio Barreto para “coibir a impunidade, bem como a perpetuação de práticas como as denunciadas”.