Cláudio Castro afirma que Bacellar é o único que pode enfrentar Eduardo Paes em 2026
"Se eu vier a me candidatar a alguma coisa, será ao Senado”, afirmou o governador
Agenda do Poder - Em entrevista às páginas amarelas de Veja, nesta semana, o governador Cláudio Castro lançou o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar, como seu candidato à sucessão no Palácio Guanabara. Justificou afirmando que o deputado tem o melhor instrumento político – o parlamento fluminense – para viabilizar a candidatura.
“Estou cercado de líderes que se mantiveram unidos, mesmo depois das eleições. É natural que haja diversos candidatos à reeleição. A Assembleia é muito poderosa e Bacellar é quem reúne mais condições para disputar com o Eduardo Paes, em pé de igualdade. É preciso que cada um encontre seu espaço, o que nós queremos é vencer a eleição”, afirmou
O governador confirmou a possibilidade de se candidatar ao Senado: “se eu vier a me candidatar a alguma coisa, será ao Senado. É minha aspiração pessoal. Não saio nem para deputado federal nem estadual. Eu tenho o benefício da escolha. Minha força no interior, onde estão 60% dos votos, é muito grande”.
Cláudio Castro afirmou que os números de seu governo lhe garantem o papel de importante cabo eleitoral em 2026: “se a gente olhar os números do governo, eu sou um excepcional cabo eleitoral. Só que o candidato tem que querer explorar”.
Na entrevista, o governador afirmou que há uma percepção equivocada sobre a letalidade policial. “A ADPF torna a ação policial extraordinária, o que é a antítese da ostensividade necessária para garantir a segurança da população”, declarou.
Castro também ressaltou a crescente organização das facções criminosas, que, segundo ele, estão se tornando verdadeiras máfias, inclusive com alianças internacionais. “Sem tirar a responsabilidade dos estados, é preciso encontrar uma solução global para esse problema”.
Ao ser questionado sobre operações policiais que resultam no fechamento de vias e geram medo na população, o governador foi enfático ao defender a necessidade dessas incursões. “Se não impmos a força do Estado, o crime tomará conta de tudo. Dizem que é como enxugar gelo, mas, se não fizermos nada, tudo ficará alagado”.
Sobre a revisão da ADPF das Favelas, ele criticou a necessidade de informar diversos órgãos antes de uma operação, o que, segundo ele, gera vazamento de informações e compromete a eficácia das ações. Além disso, Castro propõe um debate nacional sobre revisão das penas, citando discrepâncias na punição de traficantes.
O governador também criticou a postura do governo federal, afirmando que a segurança não é uma prioridade para Brasília. “O presidente Lula chama os governadores para uma reunião e promove um debate inócuo. Enquanto isso, o crime se fortalece”.
Para Castro, a segurança será o tema central das eleições de 2026. “A esquerda está presa a uma narrativa dos anos 1980, tratando o crime apenas como um problema social. Hoje, temos indícios sérios de conexão entre facções do Rio e grupos do Oriente Médio. Isso é terrorismo”.
Castro reafirmou seu apoio a Jair Bolsonaro, declarando que estará com o ex-presidente ou com quem ele indicar em 2026. Sobre as investigações contra Bolsonaro, ele minimizou as suspeitas de tentativa de golpe. “Muitas ideias mirabolantes surgem no poder. O presidente pode ter ouvido, mas não há indícios de atos preparatórios”.
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