Acusado de matar Rafael Miguel e os pais do ator enfrenta julgamento nesta quarta
O réu responde por triplo homicídio qualificado e enfrentará um novo júri após o primeiro ter sido dissolvido em 2024
247 - O julgamento de Paulo Cupertino Matias, acusado de matar o ator Rafael Miguel e os pais do jovem, será retomado nesta quarta-feira (29), às 10h, no Fórum Criminal da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. As informações são do portal UOL O réu responde por triplo homicídio qualificado e enfrentará um novo júri após o primeiro ter sido dissolvido em 2024.
O crime que comoveu o país aconteceu em 9 de junho de 2019, na zona sul da capital paulista. Rafael Miguel, então com 22 anos, era conhecido por interpretar o personagem Paçoca na novela Chiquititas, do SBT. Naquele dia, o ator foi até a casa da namorada, Isabela Tibcherani, acompanhado dos pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, para conversar com o pai da jovem sobre o relacionamento entre os dois. Segundo o Ministério Público, Paulo Cupertino, pai de Isabela, não aceitava o namoro e reagiu com violência extrema, executando os três com 13 tiros.
A execução ocorreu na Estrada do Alvarenga, no bairro Pedreira. Cupertino fugiu logo após o crime e ou quase três anos foragido, sendo localizado apenas em maio de 2022 pela Polícia Civil. Durante esse período, o acusado teria ado por cerca de 100 endereços diferentes no Brasil, Paraguai e Argentina. Ao ser preso, declarou à imprensa que era inocente e que havia fugido por medo.
A Justiça decretou a prisão temporária de Cupertino ainda em 2019, convertida para preventiva no ano seguinte. Em outubro de 2024, foi realizado o primeiro julgamento, mas o réu destituiu sua própria defesa durante o júri, alegando “quebra de confiança”. Com isso, o processo precisou ser reiniciado. A nova seleção de sete jurados será feita na sessão de hoje, que terá o permitido à imprensa, mas sem registro de imagens.
Na audiência anterior, Isabela Tibcherani e a mãe, Vanessa Tibcherani, prestaram depoimentos contundentes, apontando Cupertino como o único possível responsável pelo crime. A filha do réu, que presenciou parte da tragédia, relatou à Justiça os conflitos familiares e o histórico de comportamento controlador do pai.
Além de Cupertino, dois amigos do empresário também são réus no processo, sob a acusação de ajudá-lo a fugir e a se esconder após o assassinato. Ainda não foi confirmado se eles acompanharão o novo julgamento ou se serão julgados separadamente.
A retomada do caso deve reacender a comoção pública em torno da brutalidade do crime e da longa fuga do acusado. O veredito poderá representar o desfecho de um dos casos mais chocantes dos últimos anos no país.
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