Jerônimo Rodrigues pede desculpas após declaração sobre eleitores de Bolsonaro
De acordo com o governador, a fala foi “descontextualizada”
247 - O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), pediu desculpas nesta segunda-feira (5), em Salvador, por ter afirmado que Jair Bolsonaro e seus apoiadores deveriam ser “levados para a vala”. De acordo com o chefe do Executivo baiano, a fala foi “descontextualizada”.
“Nós criticamos de forma muito veemente a forma como alguém deseja a morte de outro, como foi o caso do desejo da morte do presidente Lula. Quem me conhece sabe, eu sou uma pessoa religiosa, sou uma pessoa de família, eu não vou nunca tratar qualquer opositor com o tratamento deste”, afirmou em coletiva de imprensa.
“Se o termo vala foi pejorativo, foi muito forte, eu peço desculpa, o termo não foi a intenção. Eu não tenho problema algum de poder registrar quando excessos na palavra, movido por indignação, é indignação”, disse.
Em suas declarações, Jerônimo Rodrigues também recordou que, durante a pandemia do coronavírus, ele criticou o fato de muitos corpos terem sido enterrados em valas na capital amazonense, Manaus.
“Eu apresentei anteriormente a minha indignação como o país estava sendo tratado e dei o exemplo da pandemia, quando 700 mil pessoas morreram por conta de atitudes de um governo federal”, continuou.
A declaração
O governador Jerônimo Rodrigues concedeu as declarações que geraram polêmica, ao criticar a gestão de Bolsonaro para enfrentar os problemas causados pela pandemia.
"Tivemos um presidente que sorria daqueles que estavam na pandemia sentindo falta de ar. Ele vai pagar essa conta dele e quem votou nele podia pagar também a conta. Fazia no pacote. Bota uma 'enchedeira'. Sabe o que é uma 'enchedeira'? Uma retroescavadeira. Bota e leva tudo para vala", afirmou ele na última sexta-feira (2) em América Dourada, a 427 km de Salvador, para uma plateia de apoiadores, deputados federais e prefeitos de cidades baianas.
Bolsonaro foi um dos alvos da I da Covid em 2021, quando a Comissão Parlamentar de Inquérito sugeriu a autoridades que indiciassem o então mandatário e mais 80 pessoas por irregularidades provocadas pelo governo na istração das medidas para socorrer a população.
Mesmo após os indiciamentos sugeridos pela I, o político da extrema-direita foi indiciado pela Polícia Federal no inquérito sobre fraudes em cartões de vacina. Bolsonaro continua solto, mas é réu na investigação da trama golpista, e pode ser preso.
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