Rede Sustentabilidade: ala ligada à Marina Silva chega enfraquecida nas eleições internas

247 - A 5ª Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) confirmou nesta semana a plena realização do 6º Congresso Nacional da Rede Sustentabilidade, que acontece em Brasília entre sexta-feira (11) e domingo (13).

Após dias de indefinição e disputas judiciais, a Justiça manteve a decisão que autorizava o evento, assegurando o seu prosseguimento dentro da normalidade. A confirmação aprofunda o racha no diretório nacional da sigla, marcado por embates internos sobre os rumos do partido.

A decisão do TJDFT representa mais um revés jurídico para a ala comandada pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente). Por meio do coordenador nacional de organização, Giovanni Mockus, o grupo foi acusado de tentar inviabilizar a realização do congresso e de suspender os direitos de delegados eleitos de forma legítima.

O ime teve origem após Mockus, candidato apoiado por Marina, levantar suspeitas de irregularidades nas conferências estaduais que escolheram os representantes dessas regiões.

No entanto, o desembargador Fábio Eduardo Marques determinou que os votos dos delegados dos estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul devem ser computados normalmente.

Em nota, a Rede disse que "lamenta o uso reiterado e desproporcional da judicialização como estratégia de tumulto e de contestação vazia das decisões democráticas tomadas no âmbito interno do partido". 

O encontro nacional poderá coroar a vitória do grupo liderado pela ex-senadora Heloísa Helena, que tem como candidato o secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Belo Horizonte, Paulo Lamac.