Polícia investiga fraude e lavagem de dinheiro por coronel réu de 8 de janeiro
As suspeitas contra Naime ganharam força durante as investigações da I dos Atos Antidemocráticos
247 - Jorge Eduardo Naime Barreto, coronel da reserva da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), e sua esposa, Mariana Fiúza Taveira Adorno, estão sendo investigados pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O casal é suspeito de envolvimento em estelionato, lavagem de dinheiro e desvio de recursos, utilizando empresas e transferências financeiras suspeitas. As informações foram divulgadas pelo portal Metrópoles.
As suspeitas contra Naime e Mariana ganharam força durante as investigações da I dos Atos Antidemocráticos, conduzida pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Quebras de sigilo bancário revelaram movimentações financeiras atípicas envolvendo o coronel, sua esposa e aliados próximos. Entre as irregularidades apontadas, estão transferências de policiais subordinados e de empresas contratadas por entidades como a Associação dos Oficiais da Polícia Militar (Asof), presidida por Naime à época.
Esquemas investigados
Um dos principais focos da investigação é a contratação suspeita da empresa Pico Serviços de Comunicação e Representação Comercial LTDA, istrada por Sérgio Barbosa de Assis, sócio de Mariana Adorno em outros empreendimentos. Segundo os investigadores, pagamentos realizados pela Asof à Pico Serviços retornavam, descontados os tributos, diretamente ao casal, caracterizando um esquema de desvio de recursos.
Além disso, a H&F Vigilância e Segurança LTDA, ligada a parentes de Mariana, teria transferido mais de R$ 42 mil ao coronel entre 2022 e 2023. Embora o casal alegue que os valores foram utilizados para o tratamento do filho, que tem hidrocefalia e necessita de cuidados médicos, os montantes elevados e a recorrência das transferências levantaram suspeitas.
Defesa e controvérsias
O coronel Leonardo Moraes, atual presidente da Asof, afirmou que a associação foi questionada sobre o caso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e pela Corregedoria da PMDF. “Nas nossas contas, aparece o pagamento regular do contrato com a Pico e os serviços foram prestados de acordo com a previsão contratual. Ao assumir, abrimos auditoria para verificar as contas da Asof e não foi encontrada nenhuma evidência de desvio de recursos”, destacou.
Por outro lado, a defesa de Jorge Eduardo Naime e Mariana Adorno enfatizou que ambos sempre mantiveram uma conduta ética e que “não há qualquer indício de irregularidades”. Eles reforçaram a confiança nas instituições e no devido processo legal, afirmando que permanecem à disposição das autoridades.
Empresas sob suspeita
Além da Pico Serviços, outras empresas associadas a Mariana Adorno, como a Monumental Serviços de Segurança Patrimonial LTDA, estão sob investigação. Registros apontam que as operações dessas empresas seriam inexistentes ou incompatíveis com os valores movimentados.
A investigação segue em curso e poderá trazer novos desdobramentos. Enquanto isso, o caso chama atenção para a importância de maior transparência na gestão de entidades públicas e privadas, sobretudo em contextos de contratação e uso de recursos financeiros.
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