“É um instrumento de defesa”, diz relator de proposta de reciprocidade às tarifas de Trump
Arnaldo Jardim afirmou que a proposta une “a sociedade o Executivo e dá coesão ao Legislativo”
247 - O deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), relator do projeto de lei da Reciprocidade Econômica, afirmou nesta quarta-feira (2) que o texto é um “instrumento de defesa” do Brasil contra a guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Segundo Jardim, a proposta une “a sociedade o Executivo e dá coesão ao Legislativo, é um instrumento de defesa do país”. As informações são da CNN Brasil.
O texto foi aprovado por unanimidade no Senado na última terça (1º). O objetivo é permitir que o Brasil adote medidas comerciais como resposta a ações estrangeiras que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”. Nesta quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anuncia novas tarifas contra parceiros comerciais do país, incluindo o Brasil.
Jardim afirmou que o Senado deu um exemplo de “coesão” ao aprovar o projeto e espera repetir esse processo na Câmara. “O presidente [da Câmara] Motta já fez o pronunciamento sobre a relevância dessa matéria, fizemos um apelo aos líderes, não queremos de forma alguma burlar aquilo que são debates que ocorrem, como a posição do PL na questão da anistia, mas queremos propor que esse tema possa ser encarado como uma exceção para que possamos, efetivamente, ter essa alternativa. O Brasil dotado desse instrumento para poder proteger o interesse nacional”, disse.
A proposta conta com o apoio da base do governo Lula (PT) e de deputados ligados à bancada ruralista. No entanto, o texto chegou à Câmara ao mesmo tempo em que a oposição, liderada pelo PL, tenta obstruir os trabalhos legislativos como forma de pressionar pelo avanço do PL de Anistia.
Jardim completou afirmando que o Itamaraty já sinalizou positivamente sobre o projeto de reciprocidade. “O texto de hoje contempla aquilo que é necessário e foi construído a partir do Legislativo com um diálogo muito intenso com o Executivo. O próprio Ministério das Relações Exteriores acompanhou essa matéria de forma positiva, todo o setor produtivo do país também acompanhou”, concluiu.
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