Bolsonaro sobre os atos golpistas: 'ninguém dá golpe de Estado num domingo, com bíblias, em Brasília'

247 - Inelegível e alvo de 3 indiciamentos anunciados pela Polícia Federal, Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira (25), que poderia ser preso a qualquer momento e também minimizou os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando seus apoiadores invadiram a Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), e fizeram manifestações terroristas.

“Sou perseguido o tempo todo. Posso ser preso ao sair daqui. Até você pode ser preso”, disse o político da extrema-direita na capital federal. “Ninguém dá golpe de Estado num domingo, em Brasília, com pessoas que estavam com bíblias debaixo do braço e bandeira do Brasil na mão, nem usando estilingue, bolinha de gude e, muito menos, bastão”.

Ao comentar sobre o plano golpista descoberto pela Polícia Federal, o ex-mandatário disse que foram estudadas algumas alternativas dentro das “quatro linhas” da Constituição Federal. “Ninguém vai dar golpe com general da reserva e mais meia dúzia de oficiais. É um absurdo o que estão falando. Da minha parte, nunca houve discussão de golpe”, justificou.

Um último indiciamento contra o político da extrema-direita, na semana ada, aconteceu pela participação dele em um plano de ruptura institucional, com o objetivo de impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A PF acusou Bolsonaro de cometer 3 crimes - tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa.

As investigações da PF apontaram que os participantes do plano golpista queriam ass o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Bolsonaro foi indiciado no inquérito da trama do golpe e em mais 2 investigações - fraudes em cartões de vacinação, e compra e venda ilegal de joias.