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      Áudios revelam esquema de venda de decisões no STJ e pressão por propinas

      Conversas gravadas mostram influência de advogados e lobistas em decisões judiciais

      (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

      247 – Uma nova reportagem publicada pela revista Veja expôs detalhes de um esquema de venda de decisões judiciais envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ). A investigação revela o avanço de um grupo de advogados, lobistas e servidores da Corte que, supostamente, negociavam sentenças em troca de propinas.

      Embora até o momento não existam provas diretas de envolvimento dos ministros, o esquema foi aprofundado após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) detectar movimentações bancárias atípicas associadas ao lobista Andreson de Oliveira Gonçalves, que enviou valores a um intermediário ligado ao ministro Paulo Moura Ribeiro.

      Segundo a Veja, a descoberta do Coaf levou a Polícia Federal (PF) a paralisar temporariamente as investigações e transferir o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF), em virtude do foro privilegiado que protege os ministros do STJ. A apuração começou após o assassinato do advogado Roberto Zampieri em Cuiabá, cuja morte trouxe à tona mais de 3.500 arquivos armazenados em seu telefone, revelando comunicações sobre pagamentos e supostas pressões para liberar as verbas associadas a decisões judiciais encomendadas.

      Nos áudios obtidos pela PF, o lobista Andreson relata a pressão constante dos servidores do STJ para receber os valores combinados pelas sentenças. Em uma das conversas, Andreson reclama que Zampieri não estava conseguindo reunir o montante acordado. “Falô que eu tô furando”, escreveu Andreson, indicando que os funcionários do tribunal estavam insatisfeitos com os atrasos nos pagamentos.

      Em outro momento, Andreson reforça a gravidade da situação e a necessidade de evitar desavenças com os servidores: “Não se pode brincar com esses funcionários, sob pena de colocar o esquema em risco”, afirmou em um dos áudios. O clima de urgência nas cobranças mostra o quão dependente o grupo era de um fluxo contínuo de propinas para garantir as decisões favoráveis.

      Embora o caso ainda esteja em investigação e envolva questões delicadas de foro privilegiado, a série de áudios lançada pela Veja revela a complexidade e a profundidade do esquema.

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