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      Após federação, União Brasil e PP podem sofrer debandada

      Federação entre siglas do Centrão provoca crise interna e pode reforçar PL com dissidentes que temem perder controle local em 2026

      Ciro Nogueira (Foto: Andressa Anholete / Agência Senado)
      Guilherme Levorato avatar
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      247 - Parlamentares do União Brasil e do Progressistas (PP) já se articulam para deixar seus partidos após a formalização da federação entre as duas siglas, ocorrida nesta semana. Segundo o Metrópoles, há incômodo de diversos congressistas diante do novo arranjo de forças imposto pela aliança.

      Embora a federação represente uma espécie de fusão temporária, válida por pelo menos quatro anos, com unificação de decisões sobre recursos eleitorais e candidaturas, muitos parlamentares veem a iniciativa como uma ameaça à sua autonomia política, especialmente nos estados onde perderão influência para lideranças adversárias internas. O temor é que esses rivais em a controlar a distribuição do fundo eleitoral e a definição das chapas nas eleições de 2026.

      Sob condição de anonimato, parlamentares expressaram preocupação com a chamada “partilha” do país promovida entre as cúpulas dos dois partidos. Ficou estabelecido um mapa de comando político nos estados, com a federação sendo presidida pelo deputado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara dos Deputados.

      A nova estrutura prevê que a direção nacional da federação controle diretamente os três maiores colégios eleitorais do país — São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro — além do Distrito Federal, Maranhão, Paraíba, Sergipe e Tocantins. Nos demais estados, a liderança será dividida: o PP, comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI), ficará com Acre, Alagoas, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Roraima e Santa Catarina. Já o União Brasil, presidido por Antônio de Rueda, controlará as articulações no Ceará, Goiás, Amazonas, Bahia, Amapá, Mato Grosso, Pará, Rio Grande do Norte e Rondônia.

      A insatisfação já se reflete em movimentações nos bastidores. O PL, de Jair Bolsonaro, é o destino mais cogitado por eventuais dissidentes. A sigla bolsonarista pode ser fortalecida por essa debandada, principalmente com a abertura da janela partidária, período em que parlamentares podem trocar de partido sem perder o mandato.

      Atualmente, União Brasil e PP somam juntos 109 deputados — 59 da primeira legenda e 50 da segunda —, além de 13 senadores. Com essa união, o novo megabloco do Centrão ultraa o PL na Câmara e a a ter direito à maior fatia do fundo eleitoral, consolidando-se como uma força determinante nas alianças para a eleição presidencial e estaduais de 2026.

      Enquanto a cúpula celebra a criação do novo bloco, o descontentamento de parte da base já começa a colocar em xeque a estabilidade da federação. As próximas semanas serão decisivas para medir o tamanho da crise interna e os efeitos práticos da estratégia que visava criar um gigante político no coração do Centrão.

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