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      Lula se prepara para saída de vários ministros, que devem disputar eleições, com foco no Senado

      Devem deixar os cargos nomes fortes como Rui Costa, Fernando Haddad, Geraldo Alckmin, Alexandre Silveira, Simone Tebet e Carlos Fávaro

      Lula - 24/05/2025 - Campo Verde - MT (Foto: Ricardo Stuckert/PR)
      Redação Brasil 247 avatar
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      247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou articulações nos bastidores para definir quais ministros deixarão o governo em 2026 para disputar as eleições e quais permanecerão no cargo até o fim do mandato, por atuarem em pastas consideradas estratégicas. A informação foi publicada nesta segunda-feira (26) pelo Valor Econômico. Segundo o jornal, a movimentação ocorre com antecedência justamente para dar tempo ao Palácio do Planalto de costurar acordos políticos que assegurem governabilidade e presença eleitoral robusta nos principais colégios eleitorais do país.

      A reconfiguração da Esplanada dos Ministérios poderá atingir áreas-chave como Casa Civil, Fazenda, Planejamento, Agricultura e Minas e Energia. Entre os nomes mais citados para deixar o governo estão Simone Tebet (Planejamento), Rui Costa (Casa Civil), Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Carlos Fávaro (Agricultura). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), é apontado como uma das figuras mais estratégicas para o pleito, seja como possível candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado.

      O Senado, aliás, é uma das maiores preocupações de Lula para o ciclo eleitoral de 2026. Como casa revisora, os senadores têm prerrogativas decisivas, como a análise de pedidos de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Garantir uma base forte nesse campo é essencial para proteger conquistas institucionais e barrar ofensivas da extrema direita. Neste cenário, a presença de Haddad em São Paulo é vista como trunfo: apesar da derrota em 2022 para Tarcísio de Freitas (Republicanos), o petista obteve o melhor resultado da legenda no estado desde 2002.

      A eventual saída de Haddad, no entanto, preocupa setores do mercado financeiro, que veem no ministro uma âncora de previsibilidade da política econômica. Ainda assim, segundo fontes ouvidas pelo Valor, o ex-prefeito de São Paulo seguirá a orientação de Lula quanto ao seu destino eleitoral.

      Simone Tebet também avalia o cenário. Entre as possibilidades em discussão por seus aliados estão: uma candidatura ao Senado para conter o avanço da direita, a composição de uma chapa com Lula em eventual reeleição, ou mesmo a permanência no governo até o fim do mandato. Embora esta última opção seja menos comentada por interlocutores da ministra, não está descartada.

      Rui Costa já itiu publicamente sua disposição para disputar o Senado. Em fevereiro, em entrevista à Rádio Metrópole da Bahia, declarou: “Meu nome está colocado. Evidente que ainda tenho que conversar com o presidente no ano que vem”.

      O caso de Geraldo Alckmin apresenta uma peculiaridade: por ser vice-presidente, ele pode concorrer em 2026 sem deixar o cargo. Porém, para disputar qualquer outro posto, precisaria deixar o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Enquanto aliados no PSB defendem sua permanência ao lado de Lula numa possível chapa de reeleição, também há especulações sobre uma candidatura ao governo de São Paulo ou ao Senado.

      Ministro de confiança pessoal de Lula, Alexandre Silveira é considerado peça-chave para a construção de um palanque competitivo em Minas Gerais. Ele é cotado tanto para o Senado quanto para o governo estadual. Já Carlos Fávaro, que ganhou projeção junto ao presidente ao longo do mandato, deve buscar a reeleição ao Senado. Ele foi eleito em 2020 e seu mandato atual se encerra em 2026.

      De acordo com o Valor, Lula já iniciou pessoalmente essa articulação, inclusive antes das últimas trocas ministeriais. O objetivo do presidente é assegurar que os recém-empossados permaneçam no cargo até o fim do mandato. Nesta categoria estão nomes como Alexandre Padilha (Saúde), Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) e Guilherme Boulos, cotado para assumir a Secretaria-Geral da Presidência.

      A legislação exige que ministros que desejem concorrer às eleições se desincompatibilizem até abril de 2026. A regra busca evitar o uso da máquina pública como vantagem eleitoral.

      O caso de Gleisi Hoffmann é um dos mais delicados. Interlocutores próximos a Lula afirmam que ela é peça central na articulação política do governo e sua saída poderia fragilizar as negociações no Congresso. No entanto, a presidente do PT também é considerada fundamental para alavancar votos no Paraná, seu reduto eleitoral, e não descarta disputar uma cadeira na Câmara dos Deputados.

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