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      Ala do PDT avisa que não votará mais 100% com o governo e ciristas defendem independência

      Ala ligada a Ciro Gomes rejeita Wolney Queiroz, o substituto escolhido por Lula

      Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado da Ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann dá posse a Wolney Queiroz Maciel como Ministro de Estado da Previdência Social. Palácio do Planalto. Foto: Ricardo Stuckert / PR (Foto: Ricado Stuckert / PR)
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      247 – A saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência gerou abalos internos no PDT e sinalizou o fim da chamada "adesão automática" do partido ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Integrantes do PDT mais alinhados ao ex-ministro e ex-presidenciável Ciro Gomes afirmam que o partido agora deve seguir caminho próprio na Câmara dos Deputados, adotando postura de independência diante das votações de interesse do governo federal, segundo informa o Estado de S. Paulo.

      A nomeação de Wolney Queiroz, antigo número dois de Lupi na pasta, não amenizou a crise. Embora também seja pedetista, Wolney se posicionou contra a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República em 2022 e, para a ala cirista, sua escolha reflete uma decisão pessoal do presidente Lula, sem representatividade real no partido. “O que nos prendia ao governo era a presença de Lupi na Esplanada”, disseram deputados em conversas internas após a demissão do ex-ministro.

      O líder do PDT na Câmara, deputado Mário Heringer (MG), reconheceu que a nova conjuntura pode levar o partido a abandonar a base governista. "A saída de Lupi causou extremo constrangimento ao partido", afirmou. Heringer foi um dos articuladores de um jantar, em março, em Brasília, com a presença de Ciro Gomes, no qual parlamentares pediram que o ex-ministro se lançasse novamente candidato à Presidência da República em 2026.

      A ruptura ocorre em um momento delicado para o governo Lula, que tem enfrentado votações apertadas no Congresso. Em uma delas, a que aprovou a urgência de um projeto que restringe o o ao Benefício de Prestação Continuada (BPC), o governo conseguiu apenas dez votos a mais que o necessário. Na ocasião, 14 deputados do PDT votaram com o Planalto. A perspectiva agora é de que esse apoio deixe de ser garantido.

      Internamente, a ala cirista argumenta que, apesar de haver sintonia com o governo petista em pautas sociais, há divergências profundas no campo econômico, que justificam uma linha independente. A crise também expôs o desgaste na relação entre Ciro Gomes e parte do partido. Após os maus resultados nas eleições municipais de 2024, alguns parlamentares chegaram a defender sua expulsão da legenda, alegando que suas posições atrapalhariam a performance do PDT nas eleições de 2026.

      Outro foco de tensão é o estado do Ceará, reduto histórico da família Gomes. A ruptura entre Ciro e seu irmão, o senador Cid Gomes, que deixou o PDT e se filiou ao PSB, pode provocar uma debandada de deputados federais durante a janela partidária de 2026.

      A crise no partido ganhou contornos mais graves com o escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS, revelado pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU). Estima-se que R$ 6,3 bilhões tenham sido desviados entre 2019 e 2024 por meio de fraudes em contratos de consignado. Lupi e dirigentes do PDT ficaram insatisfeitos com a forma como o Planalto conduziu a crise, especialmente após a nomeação de Gilberto Waller Júnior para o comando do INSS, decisão tomada sem consulta ao então ministro.

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