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      Planejamento financeiro para estudantes: O investimento mais valioso começa cedo

      O verdadeiro papel do planejamento financeiro vai muito além de números. Ele forma cidadãos mais conscientes

      Pelo especialista Rodrygo Tozzo, CFP®

      Educar financeiramente os jovens não é apenas uma escolha inteligente — é uma urgência social. Em um país onde boa parte da população adulta vive endividada e sem reservas financeiras, ensinar desde cedo a importância do planejamento pode ser o diferencial entre a liberdade e a dependência no futuro. A alfabetização financeira, especialmente na adolescência, é uma das ferramentas mais poderosas que temos para promover cidadania, autonomia e igualdade de oportunidades.

      Acredito que o planejamento financeiro deveria ser uma disciplina obrigatória nas escolas, introduzida ainda antes dos 15 anos. É nessa fase que muitos jovens desenvolvem sua relação com o dinheiro — e infelizmente, muitas vezes de forma impulsiva, pautada no imediatismo. Expressões como “vamos viver o hoje” ou “e se eu morrer amanhã?” são comuns. Mas a pergunta mais relevante talvez seja: e se eu não morrer amanhã? O futuro chega — e, sem preparo, pode se tornar um fardo.

      Quando não se constrói um colchão financeiro ao longo da vida, o indivíduo acaba vulnerável, especialmente na velhice, quando a capacidade de trabalho diminui e a renda ativa deixa de existir. Neste cenário, a dependência de terceiros se torna inevitável. Por isso, iniciar esse processo educativo ainda na juventude é mais do que desejável: é essencial para formar adultos mais conscientes e responsáveis com seu próprio futuro.

      Educação financeira: o melhor investimento para o futuro

      Tive a oportunidade de palestrar para adolescentes em escolas, em encontros nos quais falamos sobre sonhos, metas e escolhas. Nessas conversas, faço questão de provocar uma reflexão: quanto custa o seu sonho? Quando o jovem percebe que, com organização e disciplina, é possível alcançar esses objetivos, algo muda.

      Vi isso acontecer dentro da minha própria casa. Aos 15 anos, minha filha decidiu investir parte de sua mesada. Comemoramos o momento com uma tatuagem temporária no pé, marcando a data. O que parecia apenas um gesto simbólico se transformou em um divisor de águas: ela ou a pensar com mais seriedade sobre sua carreira, a buscar fontes de renda e a construir uma base patrimonial desde cedo. O impacto psicológico e prático dessa atitude foi enorme.

      Ao contrário da reeducação financeira na vida adulta — quando maus hábitos estão arraigados e as responsabilidades são maiores —, a educação precoce permite que o jovem desenvolva uma relação saudável e sustentável com o dinheiro. A construção da autonomia começa com conhecimento.

      Planejamento financeiro para estudantes: O investimento mais valioso começa cedo
      Divulgação

      Os três pilares de uma vida financeira saudável

      Ao orientar jovens sobre finanças, costumo trabalhar com três pilares essenciais que sustentam uma vida financeira equilibrada. São eles:

      1. Reserva de Emergência:Um fundo que cubra de 3 a 12 meses de despesas essenciais como moradia, alimentação e saúde. A necessidade varia conforme o perfil: um assalariado, por exemplo, tem renda mais previsível; já um empreendedor lida com mais incertezas.2. Reserva para Realização de Sonhos e Evolução Patrimonial:Aqui entram metas de curto e médio prazo, como viagens, cursos, aquisição de bens ou projetos pessoais. Esse pilar conecta o presente ao futuro desejado.3. Reserva para Aposentadoria ou Longevidade:Talvez o mais negligenciado entre os jovens, este pilar é o mais estratégico. Sem ele, a independência financeira na velhice é quase impossível. Quanto antes começar, menor será o esforço mensal exigido para garantir um padrão de vida digno no futuro.

      Informação é apenas o começo

      O o à informação nunca foi tão amplo. Redes sociais, vídeos e blogs tornaram a educação financeira mais democrática. No entanto, o excesso de conteúdo nem sempre vem acompanhado de qualidade ou ética. É comum vermos jovens e adultos sendo seduzidos por promessas de lucro rápido e “investimentos mágicos”. A ausência de senso crítico pode transformar curiosidade em prejuízo — e, muitas vezes, em fraudes devastadoras.

      Ainda é frequente que investidores iniciantes perguntem: “Qual é a oportunidade do momento?”, buscando multiplicar capital rapidamente. Essa mentalidade imediatista, alimentada por cobiça e desinformação, é terreno fértil para golpes e decisões ruins. A educação financeira protege — tanto contra o erro, quanto contra o oportunismo alheio.

      Educação é proteção — e poder

      O verdadeiro papel do planejamento financeiro vai muito além de números. Ele forma cidadãos mais conscientes, preparados para lidar com os desafios econômicos da vida adulta e com capacidade de gerar impacto positivo ao seu redor. Ao empoderar estudantes com conhecimento e ferramentas práticas, promovemos inclusão social, fortalecemos a economia e cultivamos uma geração capaz de construir patrimônio com ética, visão e responsabilidade.

      Em um país como o Brasil, onde a desigualdade de o ao conhecimento financeiro é um fator estrutural, investir na educação desde cedo é, também, um ato de justiça social. A transformação começa agora — e começa com informação de qualidade.

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